Samu do Amapá completa 19 anos salvando vidas e escrevendo histórias de coragem no resgate pré-hospitalar
Missa, homenagens e memórias marcaram a celebração nesta segunda-feira, 15, de quase duas décadas de dedicação à saúde pública.

O suporte do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Amapá faz a diferença entre a vida e a morte de milhares de pacientes que recebem assistência pré-hospitalar no estado. Ao completar 19 anos, os profissionais celebraram nesta segunda-feira, 15, os avanços, desafios e, sobretudo, a eficiência e agilidade no socorro à população.

A equipe, que todos os dias veste o colete azul para enfrentar a imprevisibilidade das ruas, se reuniu para celebrar o aniversário com missa, café da manhã e um momento de homenagens, em que cada história lembrada reafirmou o valor da missão de salvar vidas.
FOTOS: Samu do Amapá celebra 19 anos como símbolo do atendimento pré-hospitalar que salva vidas

Criado no Amapá em 11 de setembro de 2006, o Samu estadual atua com 300 profissionais e realiza em média 3 mil atendimentos por mês. São cinco ambulâncias, entre suporte avançado e intermediário.
Entre as novidades está a descentralização das bases para as zonas Norte, Oeste (antiga Aifa) e Central, além do Grupo Tático Aéreo (GTA) e Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes), ampliando a rapidez no atendimento.
Em 2025, o serviço incluiu a presença de fisioterapeutas nas equipes, aumentando a qualidade técnica e humanização dos atendimentos. A implantação do Serviço Aeromédico, em parceria com o GTA foi um marco para populações ribeirinhas e isoladas, garantindo respostas ágeis em situações críticas.

Emocionado, o diretor do Samu estadual, Donato Farias, lembrou da missão e do sentimento que guia o trabalho diário das equipes, e a responsabilidade de cuidar das pessoas, que vai além da assistência em saúde, pois cada resgate envolve compromisso e amor dos profissionais.

"Não estamos aqui não só para cumprir um protocolo, mas para celebrar. O Samu não é apenas sirene e ambulância, é coragem e humanidade. Cada vida salva não é um número, é um nome, uma família, um futuro resgatado. Essa é a marca de cada um de vocês", declarou.
Durante as comemorações foi realizado um momento de reconhecimento daqueles profissionais que desde a inauguração do Samu no Amapá, se dedicam a salvar vidas.

Entre os profissionais está o enfermeiro obstetra, Robson Xavier, que atua desde a inauguração do serviço em 2006. Ele recordou as dificuldades do início, quando poucas equipes se desdobravam para atender toda a capital, Macapá.

“Era um desafio diário, mas nós sabíamos a importância do que estávamos construindo. Eu lembro de casos que ficaram para sempre na memória, como o de uma professora vítima de violência que, mesmo em estado grave, pediu que eu não a deixasse morrer. Momentos como esse nos marcam profundamente e mostram o peso da nossa missão”, relatou Xavier.
A técnica de enfermagem, Maria Ilacy Rocha, reviveu com emoção um dos primeiros partos feitos pela equipe. Depois de 19 anos na equipe, ela garante que todo o trabalho valeu à pena.
"Foi no início do Samu. Quando chegamos de volta à base, cansados após uma madrugada de ocorrências, fomos recebidos com aplausos pelos colegas. Até hoje esse momento me emociona, porque vi que estávamos fazendo história. Hoje sou mãe e avó, e sigo com a mesma garra e amor de quando entrei", contou.

Para o médico Ednilson Castro Ribeiro, a pandemia da Covid-19 foi o capítulo mais marcante da trajetória profissional dele no Samu. Nenhum deslocamento foi mais desafiador do que as remoções de pacientes para os hospitais.

“Ali todos nós refletimos sobre o valor da vida. Eu mesmo adoeci e precisei ser internado, deixei de ser médico e virei paciente. Isso mudou a minha forma de olhar cada pessoa atendida. O Samu se tornou meu segundo lar e agradeço por fazer parte dessa história”, destacou o médico.
Compromisso com a população!
Entre lembranças de perdas, superações e vidas salvas, o clima da celebração foi de gratidão e esperança. “O Samu é a mão estendida que chega no momento mais difícil. Não desistam, não se calem. Continuem sendo a diferença entre a vida e a morte”, reforçou Donato Farias.
Dezenove anos depois da primeira sirene ligada em Macapá, o Samu segue pulsando como promessa de socorro, de esperança e de humanidade. Cada profissional que veste o uniforme carrega nas mãos não apenas a responsabilidade de atender, mas o orgulho de ser parte de uma história que já salvou milhares de vidas no Amapá.

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