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Março de Lutas: servidores da rede de acolhimento da mulher recebem treinamento para aperfeiçoar serviços

Ação é da Secretaria de Políticas para as Mulheres que orientou sobre diversidade e violência baseada em gênero.

Por Alice Palmerim
03/03/2023 09h00

Capacitação foi para servidores dos centros de acolhimento do Cram's, Camuf's e núcleo AMA LBTI

A programação 'Março de Lutas, mulheres construindo um novo tempo' iniciou na quinta-feira, 2, com um treinamento para a equipe da Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres (SEPM) aperfeiçoar o atendimento à diversidade de mulheres que buscam por orientação.

A programação vai até 31 de março com ações de empoderamento e serviços para a população feminina. O objetivo é alcançar mulheres de todos os segmentos, sejam elas autônomas, donas de casa, trabalhadoras do campo, servidoras públicas, indígenas ou quilombolas.

Na SEPM, o grupo de 50 colaboradores acompanhou palestras sobre diversidade de gênero e violência contra mulheres.

"Iniciamos hoje as atividades do mês, atendendo pedido de nossa equipe, formatando um treinamento para que possam entregar para a sociedade um melhor atendimento, com educação e respeito. É na simplicidade de pequenos momentos que construímos grandes conquistas, e estes encontros ocorridos com frequência ajudam a melhor servir nossas usuárias”, destacou Adrianna Ramos, gestora da pasta.

Diversidade de gênero
A ativista Tânia Lopes paletrou sobre "Política pública para todas: mulheridade e diversidade de gênero”. Ela é assessora técnica do Núcleo de Acolhimento às Mulheres Amapaenses Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexo (Ama LBTI).

Tânia falou sobre orientação sexual, identidade de gênero, condição biológica e formas de violências. Outro ponto tratado foi a portaria nº 2.826/2011 do SUS, que garante o atendimento da população LGBTQIA+.

"A gente precisa compreender que o Amapá carrega uma diversidade feminina muito grande. Precisamos fazer políticas públicas para garantir que o direito dessas mulheres seja cumprido e tratá-las com o respeito do jeito que elas merecem”, pontuou a palestrante.


Violência contra a mulher
A segunda palestra foi realizada pelo especialista em masculinidade, paternidades e saúde do homem, Luciano Ramos. Ele abordou a violência baseada em gênero e masculinidade, trazendo para o debate o entendimento das mulheres como maiores vítimas de agressão física em decorrência do gênero, compreensão da formação do machismo cultural, e o melhor direcionamento das redes de atendimento à mulher.

No Amapá, em 2022, mais de 10 mil mulheres buscaram orientação nos centros de Atendimento à Mulher (Cram) e à Família (Camuf). Os órgãos fazem parte da Rede de Atendimento à Mulher do Amapá (RAM), que busca cortar o ciclo da violência doméstica.

Diante desses números, o palestrante destacou que é preciso sensibilizar o homem por meio da educação e da cultura.

"Precisamos trazer mais homens para os grupos de debates, mostrar para os meninos, principalmente nas escolas, que este modelo de masculinidade está fracassado. Que existem outras masculinidades como a equitativa, que olha para a mulher com muito mais respeito, como um indivíduo que tem os mesmos direitos e ocupa o mesmo lugar que o homem dentro da sociedade”, frisou.

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