Governo do Amapá e Unicef pactuam compromissos para a melhoria da qualidade de vida das crianças
Educação, combate ao trabalho infantil, moradia, água, saneamento são os principais índices que precisam avançar
Governador Clécio Luís recebeu a representante da Unicef na sexta-feira, 10.
Discutir o estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre as privações de direitos que afetam crianças e adolescentes no Brasil e no Amapá foi a pauta do governador, Clécio Luís, durante reunião que aconteceu na sexta-feira, 10, no Palácio do Governo.
O governador e representantes de entidades estaduais e relacionadas ao assistencialismo e direitos das crianças explanaram junto à Unicef sobre a pesquisa "As Múltiplas Dimensões da Pobreza na Infância e na Adolescência no Brasil", que elenca dados sobre renda, educação, trabalho infantil, moradia, água e e saneamento.
O debate mostrou que muitos desses quesitos alcançaram índices que pioraram na pandemia, principalmente nas regiões Norte e Nordeste ,segundo a Unicef.
“Nós reafirmamos, como Governo do Estado, cumprirmos nosso papel e nos unirmos a todos os municípios para melhorar esses indicadores, que vão desde a mortalidade materno-infantil até o acesso à água e ao banheiro em uma escola. São coisas que poderiam ser consideradas simples, mas que hoje ainda são inacessíveis para algumas de nossas crianças e adolescentes”, frisou Clécio Luís.
“Não tem como a gente discutir hoje desigualdades no Brasil, especialmente na região Amazônica sem olhar para as populações ribeirinha, quilombola, a indígena como as mais vulneráveis dentro de uma cadeia de vulnerabilidades nesse processo de pandemia. Aqui no Amapá, especificamente, esperamos conseguir conversar com os municípios e fazer com que tenham condições, de fato, de ofertar serviços de qualidade na saúde, educação, assistência social e proteção às crianças", argumentou Ida Pietricovsky, especialista de comunicação da Unicef para o Território Amazônico.
No Amapá, Clécio destacou a necessidade de viabilizar políticas públicas que garantam a melhoria dos dados levando em consideração a realidade e peculiaridades do estado.
“ Vamos formular e engajar políticas para melhorar a qualidade de vida, segurança alimentar, segurança física, saúde mental e desenvolvimento dessas crianças com atenção especial na primeira infância, que é onde está a chave e o período de todo o desenvolvimento de uma pessoa”, explicou o governador.
“Com esse compromisso do governador, com um olhar cuidadoso para esses indicadores,esperamos conseguir com que esse diálogo com os municípios avance mais rapidamente, no sentido de garantir lá na ponta, as questões que afetam e impactam diretamente a vida de crianças e adolescentes”, concluiu Ida.
Dados da Unicef
No Brasil, ao menos 32 milhões de meninas e meninos (63% do total) vivem na pobreza, em suas múltiplas dimensões: renda, educação, trabalho infantil, moradia, água, saneamento e informação.
Os dados fazem parte da pesquisa que apresenta dados até 2019 (trabalho infantil), até 2020 (moradia, água, saneamento e informação), até 2021 (renda, incluindo renda para alimentação) e dados até 2022 (educação).
Participaram da reunião as secretarias estaduais de Educação, Saúde e Assistência Social, Ministério Público do Amapá, Tribunal de Contas, Procuradoria-Geral do Amapá e Fundação da Criança e do Adolescente (Fcria).
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