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No Amapá, teste rápido vai reforçar diagnóstico da hanseníase em pessoas que tiveram contato com casos confirmados

Vigilância em Saúde vai capacitar profissionais como enfermeiros e técnicos, para realizarem o exame.

Por Mônica Silva
26/04/2023 15h00

Testes serão distribuídos aos municípios

O Amapá recebeu do governo federal uma remessa de 600 testes rápidos de hanseníase, após ser um dos estados selecionados pelo Ministério da Saúde para ofertar o exame. A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) vai capacitar profissionais da área para realização do teste, que é destinado às pessoas que tiveram contato próximo e prolongado com casos confirmados da doença. 

O treinamento inicia na quinta-feira, 27, para médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, farmacêuticos, biólogos e fisioterapeutas dos municípios. Serão dois dias de dinâmicas práticas e teóricas, sob a coordenação do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, no novo prédio Universidade do Estado do Amapá (Ueap), na Avenida FAB, 262, Centro de Macapá.

Após a capacitação, os testes serão distribuídos para as prefeituras. Para a superintendente da SVS, Margarete Gomes, a nova estratégia do teste rápido vai permitir que o estado desenvolva mais políticas de enfrentamento à hanseníase, diagnosticando e tratando também os familiares ou amigos que convivem com o paciente.

"Os contatos dos pacientes precisam ser acompanhados e examinados, principalmente aqueles que têm convivência íntima, os que compartilham um ambiente fechado em um período de pelo menos cinco anos, pois os microrganismos causadores da doença levam um longo período de tempo para apresentarem os primeiros sintomas", acrescentou Margarete.

Atualmente, o diagnóstico da hanseníase é ofertado na rede pública do Amapá por meio do exame de pele, sendo esse o serviço que tem o maior resultado na detecção de novos casos no estado.

"O novo exame é realizado de forma simples. A coleta é feita pela punção digital, de forma a facilitar a realização do teste após a avaliação clínica e não requer estrutura laboratorial aprimorada. O resultado sai de 15 a 20 minutos", informou a gerente do Núcleo em Vigilância Epidemiológica, Anna Byatriz Melo Costa.

Hanseníase no Amapá
De janeiro a março deste ano, 30 pessoas foram diagnosticadas com hanseníase no Amapá: 27 em Macapá, 2 em Laranjal do Jari e 1 em Calçoene. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), da SVS-AP.

O Amapá registrou 114 casos de hanseníase em 2019; no ano seguinte os números caíram para 61; e, em 2021, para 38. Já em 2022, foram 58 casos.

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen. A transmissão ocorre quando uma pessoa doente, sem tratamento, elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros, transmitindo para pessoas sadias que convivem próximo e por tempo prolongado no mesmo ambiente.

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