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Amapá traça estratégias para aprimorar cadeia produtiva do açaí

Equipes do Governo do Estado e Ministério do Desenvolvimento Regional já coletaram informações que vão servir de base para os próximos passos do projeto.

Por Kelison Neves
24/05/2023 07h00

Poder público e produtores se reúnem para tratar sobre o potencial econômico do açaí

O Governo do Estado e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) buscam aprimorar a cadeia produtiva do açaí no Amapá, a partir de um trabalho que começou pelo arquipélago do Bailique, onde já foi mapeada a rota do açaí em uma visita que possibilitou conhecer a realidade dos produtores.

As informações coletadas vão servir como base para os próximos passos do projeto. O assunto foi tema de encontro na segunda-feira, 23, entre representantes de órgãos estaduais, do MIDR e do setor produtivo. 

No Bailique, os principais desafios enfrentados pelos trabalhadores do ramo do açaí são o fenômeno da erosão, conhecido como terras caídas, a salinização das águas do Rio Amazonas e a pouca infraestrutura de mobilidade urbana e de fornecimento de energia.

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR) coordena  a ação, como detalha o gestor da pasta, Kelson Vaz.

“Hoje, a gente está realizando uma oficina para nivelar as informações e definir quais estratégias poderão ser implementadas no Bailique. Vão ser Projetos? Tecnologia? Fomento? Investimento do governo federal ou do governo estadual? Tudo está sendo discutido para alavancar a cadeia do produto no estado”, explicou o secretário. 

Expansão de negócios 

Para a cooperativa Amazonbai, que produz polpa de açaí e tem como principais fornecedores os produtores do arquipélago do Bailique, o aprimoramento da cadeia produtiva do fruto vai possibilitar que o empreendimento alcance mercados que estavam bem distantes da realidade.

“Hoje, o nosso produto já abastece o mercado nacional. No mês de junho, a gente vai começar a exportar para os Estados Unidos. Mas o processo de produção de açaí melhorando no estado, vamos poder chegar em muitos outros países como França, Alemanha e Japão”, ressaltou Amiraldo Picanço, presidente da Amazonbai.

Presente na reunião, a startup Amazon Biofert, que trabalha com caroços de açaí para a produção de biofertilizantes, avaliou como positivo o trabalho conjunto de diversos órgãos para melhorar as formas de aproveitamento do fruto, que tem cerca de 80% da sua composição formada por resíduos sólidos.

“É extremamente necessário discutir a cadeia produtiva do açaí, tendo em vista que ela representa quase 10% do PIB do estado.  A gente vê esse encontro como uma oportunidade para criar soluções, principalmente, para os resíduos sólidos deixados pelo açaí, que precisam ter uma destinação correta”, destacou Thyago Monteiro, sócio-fundador da Amazon Biofert.

Para fazer com que o açaí ocupe um espaço cada vez mais importante na economia amapaense, o MIDR reforçou que vai participar de todo planejamento para melhoria da cadeia produtiva no Amapá.

“Vamos participar da construção e desenvolvimento de uma carteira de projetos para melhorar a produção de açaí, com intervenções prioritárias na área de estrutura, inovação, capacitação, equipamentos, que deve ser viabilizada com recursos do ministério e parceiros”, disse Vitarque Coelho, coordenador geral de Gestão do Território do MIDR.

Também participaram da reunião representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Organização de Cooperativas do Amapá (OCB/AP), Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural (Rurap), Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec), Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá, além do deputado estadual Jesus Pontes.

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