Governo do Estado estende até dezembro a operação Amapá Verde devido à estiagem prolongada
Medida tem como objetivo a continuidade da assistência à população e o combate dos focos de incêndio.
Em 90 dias, a operação atuou no combate de 653 focos de queimadas, incluindo o interior e a região metropolitana
Com encerramento previsto para o mês de novembro, a operação Amapá Verde de combate a incêndios florestais e crimes ambientais, coordenada pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBM), será estendida pelo Governo do Estado até o início de dezembro, quando há previsão de chuvas. A medida foi necessária devido a intensidade do clima seco e da estiagem.
Em reunião com o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa) e a Defesa Civil na terça-feira, 14, foi apresentada a perspectiva climática no estado, que vem sendo impactada pelo fenômeno El Niño. Iniciada no mês de agosto, em 90 dias, a operação atuou no combate de 653 focos de queimadas, incluindo o interior e a região metropolitana.
Além disso, até a terça-feira, 14, segundo os dados computados diariamente pela coordenação, 177 focos foram prevenidos e 153 áreas são monitoradas, em trabalho de campo e de modo remoto.
Segundo o doutor em biodiversidade e meteorologista do Iepa, Jefferson Vilhena, as chuvas que estavam previstas para novembro, só devem ocorrer na metade do mês de dezembro.
"Nesse mês de novembro, pela climatologia, já era para as chuvas terem iniciado. A estiagem prolongada está afetando a vida da população pelo quantitativo de queimadas, o aumento da temperatura e a queda da umidade”, reforça Vilhena.
Para o capitão do Corpo de Bombeiros e coordenador da operação, Rithely Barbosa, a prorrogação da operação significa a continuidade da assistência à população e o combate dos focos de incêndio em todos os municípios.
"Após a reunião sobre o cenário no estado do Amapá, estamos fazendo tratativas com a Secretaria de Segurança Pública e o Ministério da Justiça para que seja prorrogado o período da operação Amapá Verde até que, de fato, comece a chover", pontuou Barbosa.
A operação conta com um efetivo total de 600 militares, divididos em bases avançadas nos municípios de Oiapoque, Calçoene, Amapá, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes, Porto Grande, Itaubal, Laranjal e Vitória do Jari. As estruturas são estrategicamente montadas para atender todo o estado.
A ação é um desdobramento da operação "Guardiões do Bioma", do Governo Federal e busca combater incêndios florestais nos municípios mais afetados pelo período de estiagem. Dividida em oito ciclos operacionais, cada equipe fica 15 dias nas bases avançadas nos municípios.
Fumaças no estado
No encontro, também foi explicado que a fumaça que atinge principalmente a região metropolitana Macapá, Santana e Mazagão, vem das ilhas do Pará, e não do Amapá.
"O vento está trazendo para cá, onde ele encontra inclusive com muitos focos de calor que estão em Santana e seguem para o Jari e o estado do Pará”, explicou Vilhena.
Além da perda da biodiversidade, queimadas e incêndios florestais geram a poluição do ar, pois a fumaça contém partículas finas e poluentes atmosféricos, como dióxido de enxofre e monóxido de carbono que afetam diretamente a saúde.
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