‘É uma porta aberta para mostrar meu trabalho', celebra artesã sobre 28º Encontro dos Tambores

Rita de Cássia comercializa bolsas, roupas, sapatos e acessórios de crochê

A artesã Rita de Cássia Gonçalves celebra a oportunidade de comercializar bolsas, roupas, sapatos e acessórios de crochê na Feira de Artesanato do 28º Encontro dos Tambores. O evento segue até 26 de novembro, no Centro de Cultura Negra do Amapá Raimunda Ramos, no bairro do Laguinho, com apoio do Governo do Amapá. 

'São dez dias de exposição. Uma porta aberta para impulsionar meu trabalho e divulgar meus produtos!', comemora Rita. 

A Feira de Artesanato é coordenada pela Secretaria de Estado de Trabalho e Empreendedorismo (Sete) e oportuniza a 34 empreendedores a participação no evento, que celebra o Mês da Consciência Negra. A artesã Marlene de Paula, 42 anos, aposta na venda de biojoias: são brincos, colares e pulseiras feitas a partir das escamas de peixes amazônicos. 

“Quem passa por aqui tem muita curiosidade para saber como eu confecciono as peças. As pessoas ficam encantadas, principalmente com a delicadeza dos brincos”, comentou Marlene.

“Achei os brincos lindos demais, é um trabalho minucioso e muito delicado. Vou comprar um”, contou a jovem. 

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO 28º ENCONTRO DOS TAMBORES

A universitária Raissa Monnhyke , de 19 anos, é da Guiana Francesa, está a passeio no estado, e também passou pelo corredor de artesanato.

“São trabalhos muito interessantes, tem uma variedade de peças. Gostei de tantas coisas. Dessa vez vou levar um colar de fibras naturais e sementes”, detalhou. 

O público também encontra na feira itens como panelas, xícaras e vasos de barro produzidas de maneira artesanal. A artesã Marciana Nonata Dias, de 83 anos, trabalha há 22 anos com a produção. Ela faz parte da Associação das Mulheres Louceiras do Maruanum e está otimista com as vendas.

“Eu trouxe várias peças porque tenho certeza que vou vender todas. A feira está nos dando a oportunidade de impulsionar nosso negócio”, celebrou a artesã.

O casal Necy de Souza, de 47 anos, e Arilson Goes, 58 anos, fez questão de conhecer o trabalho e garantir uma das peças para a casa nova.

“As panelas são bem trabalhadas, resistentes, estou levando uma para minha casa nova”, comentou Necy.

“Eu vendo molhos de pimenta. Quem passa aqui pode degustar nosso produto. O tempero é especial e estamos otimistas que vamos vender tudo”, falou Ester.

E a qualidade do produto foi comprovada pelo Marcos Souza, que foi assistir ao primeiro dia de Encontro dos Tambores. 

“Provei o molho de pimenta, é delicioso, tem um tempero diferente. Não tem como não levar pra casa”, comentou Marcos.

A 28ª edição do Encontros dos Tambores celebra a riqueza cultural das comunidades negras do Amapá e a diversidade das religiões de matrizes africanas. A programação se concentra no Centro de Cultura Negra do Amapá Raimunda Ramos, no bairro do Laguinho, a partir das 18h. 

Ao longo de dez dias, o evento reúne uma variedade de expressões artísticas, como o marabaixo, batuque, sairé, zimba, capoeira, hip hop e reggae, além de praça de alimentação e feira do empreendedor. Também haverá debates sobre igualdade racial, além de atrações nacionais, como a banda carioca Awerê, que se apresenta nesta sexta-feira, 17, e o grupo Fundo de Quintal, no domingo, 26.

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