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Diversidade cultural em 'Noite da Cultura Reggae' marca segundo dia do 28º Encontro dos Tambores

Com incentivo do Governo do Amapá, evento reúne várias manifestações culturais e mistura de ritmos, em Macapá.

Por Cristiane Nascimento
19/11/2023 10h05

A programação faz parte das celebrações do mês da Consciência Negra no Amapá

Riqueza e diversidade cultural, com mistura de ritmos e sons, marcaram o segundo dia do 28º Encontro dos Tambores, que conta com investimentos do Governo do Amapá. Uma das atrações da programação, neste sábado, 18, foi a "Noite da Cultura Reggae", como parte das celebrações do Mês da Consciência Negra, no Centro de Cultura Negra do Amapá Raimunda Ramos, no bairro do Laguinho, em Macapá.

Diferentes formas de expressão passaram pelo palco, unindo bandas de reggae, grupos de marabaixo e batuque. Embora distintas, todas têm raízes profundas na cultura afro, demonstrando a riqueza e a importância desse legado para a identidade cultural negra do Amapá.

O vocalista da banda Electron Reggae, Mário Mano, que se apresentou junto com MC Leléo que também faz parte do projeto dos bairros do Rio Laguinho e Pacoval falou do estilo do show.

"Esse é um momento único de mostrar o nosso trabalho, o nosso ritmo, o reggae tucuju. O show traz muito reggae romântico, com umas versões regionais que os atores como Zé Miguel e Osmar Júnior, nos permitiram fazer uma nova roupagem. E o Electron Reggae tem esse trabalho, além de músicas autorais. É uma verdadeira mistura de sons e ritmos com batidas eletrônicas fortes, é o reggae misturado com hip hop", explicou Mano.

A professora Isa Barbosa, de 68 anos, moradora do bairro Pantanal, destacou que essa valorização é fundamental para fortalecer a cultura e a tradição que constrói a história afro amapaense.

"É importante que a gente continue valorizando a nossa cultura, os nossos ancestrais, para que a história seja passada para outras gerações, perpetuando nossas raízes históricas. Para mim, que sou bisneta de africana, é um privilégio participar desse momento com minha filha e neta", finalizou a professora.

A marabaixeira, filha de Mazagão Velho, descendente de portugueses, Rosana Aires, de 62 anos, que atualmente mora em Mazagão Novo, integra o grupo de marabaixo Maria da Paz, que se apresentou no palco do Encontro dos Tambores. Destacou a representatividade da cultura mazaganense.

"Participar deste momento é uma forma de mostrar que nossa cultura é forte e permanece viva. É muito bom estar aqui, nessa integração com outras manifestações culturais, levando um pouco das nossas tradições que estão enraizadas no nosso modo de viver", ressaltou Rosana.

A social mídia, Luana Simões, de 32 anos, moradora do bairro Zerão, veio acompanhar a programação do Encontro dos Tambores e disse que essa segunda noite, está bem diversificada e ajuda a fortalecer e a criar novas culturas.

"Eu acredito muito na cultura do marabaixo e na valorização das religiões de matriz africana e na cultura do reggae também que ainda é fraca na cidade, mas a partir daqui pode ser mais valorizada", disse Luana.

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