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Escolas da rede pública do estado terão estúdios para gravação de conteúdos de ensino tecnológico e virtual em 2024

Projeto, com investimentos do Ministério da Educação, vai integrar escolas do Amapá a Rede de Inovação para Educação Híbrida.

Por André Silva
27/11/2023 08h04

Estúdios serão usados para a produção de professores e alunos voltados para temas das novas tecnologias

Como parte das ações de desenvolvimento da educação no Amapá, escolas públicas da rede estadual passarão a contar em 2024, com estúdios de gravação audiovisual para conteúdo de ensino tecnológico e virtual. Os investimentos de mais de R$ 1,5 milhão, para preparação do ambiente e aquisição dos equipamentos, fazem parte da Rede de Inovação para a Educação Híbrida do Ministério da Educação.

O objetivo dos novos ambientes educacionais é conectar o estado a outros entes federados, que já compõem a rede que integra o Novo Ensino Médio no Brasil. Os espaços serão administrados pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), que na última semana acompanhou a vistoria técnica dos locais junto com a equipe responsável pelo monitoramento e montagem dos equipamentos.

Os estúdios serão usados por educadores e alunos em gravações de aulas com temas diversos direcionados ao uso das novas tecnologias. Dois deles já estão sendo montados. Um, no Núcleo de Tecnologia Educacional da Seed, localizado no bairro do Trem, e outro no Centro de Valorização da Educação (Cveduc), no Santa Rita.

Evaldo dos Santos, gerente do Núcleo de Tecnologia, explicou que o sistema híbrido de ensino, mesmo antes de ser proposto pelo Ministério da Educação, chegou a ser uma importante ferramenta usada pelas escolas do Brasil e do Amapá, durante a pandemia da Covid-19.

Muitas aulas naquele período eram lecionadas de forma online, pela internet, e às vezes híbridas. O gerente pontuou a importância da educação acompanhar as mudanças na sociedade e no mercado de ensino e de trabalho, sobretudo no que se refere à novas tecnologias.

"A gente está num mundo conectado. Com uso da inteligência artificial, a questão, do uso da realidade aumentada, da robótica, da impressão 3D, que faz parte do nosso dia a dia. Afinal de contas nossos alunos estão neste mundo, estão nesse contexto e as empresas, o mercado trabalho também. Então, a gente precisa trazer a educação para esse cenário", defendeu Evaldo dos Santos.

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) é a responsável pela aquisição, distribuição dos núcleos de inovação e formação das equipes das secretarias de educação em todo o Brasil. O representante da entidade, Paulo Augusto de Amorim, esteve em Macapá realizando a visita técnica nos ambientes que serão utilizados.

“O pessoal está sendo bem assertivo em relação aos questionamentos que eu sou obrigado a fazer, que é uma das partes do projeto, e o projeto está muito transparente, tudo está muito bem arrumado, pequenos detalhes, mas de uma maneira geral, está bem avançado”, elogiou Paulo Augusto.

Produção de conteúdo no Amapá para o resto do Brasil

As propostas dos conteúdos das aulas serão enviadas pelas escolas da rede de ensino do estado, interessadas em aplicar os cursos. Com as informações em mãos, o Núcleo de Tecnologia Educacional seleciona um professor instrutor para gravar os vídeos.

Depois de pronto, o material vai para o ambiente virtual de aprendizagem do Amapá, na Rede de Inovação para a Educação Híbrida e fica disponível para todos os 25 estados. Posteriormente, esse material poderá ser usado pelos professores em sala de aula, e os alunos podem acessar de forma remota.

Acesso

Os estúdios estarão prontos para uso ainda no primeiro semestre de 2024. O portal da Rede, bem como os conteúdos já preparados por alguns estados pode ser acessado pela internet, CLIQUE AQUI.

Educação híbrida

A Rede é resultado de uma parceria entre o MEC e a Ufal, que é a responsável pela aquisição, distribuição dos núcleos de inovação e formação das equipes das secretarias.

O Ministério investiu em todo o país, R$ 40 milhões em infraestrutura, equipe e desenvolvimento dos sistemas que permitirão a produção e compartilhamento de materiais, além da ampliação da oferta de itinerários formativos.

Os profissionais e estudantes terão acesso a quatro plataformas digitais: um sistema administrativo para gestão das matrículas e da oferta de itinerários; o ambiente virtual de aprendizagem para acompanhamento e certificação das unidades curriculares; o repositório de recursos educacionais digitais; e o portal da política educacional.

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