Governo do Amapá reúne alunos e educadores de escolas quilombolas em celebração pelo Mês da Consciência Negra
Música, dança, feira e apresentação teatral foram destaques do evento realizado na Secretaria de Estado da Educação (Seed).
Estudantes mostraram tudo que produziram durante semana da consciência negra em suas escolas
Com o tema: "Compartilhando Saberes, Dividindo Experiências", o Governo do Amapá reuniu nesta terça-feira, 28, alunos e educadores da rede estadual de ensino para celebrar a tradição e a cultura das comunidades afro pelo Mês da Consciência Negra.
A programação, promovida pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), também destacou a riqueza histórica afrodescendente do país e promoveu reflexões sobre a importância da diversidade.
Doze escolas de comunidades quilombolas do Amapá participaram do evento com exposição de produtos confeccionados pelos alunos durante as aulas sobre a cultura afro-brasileira e realizaram apresentações de dança, música e arte cênica.
O aluno, Thyalesson Gomes Moraes, de 11 anos, estudante do 5º ano da Escola Quilombola Igarapé das Armas, localizada na BR-210, na comunidade Torrão do Matapi, em Macapá, disse que a unidade educacional promoveu importantes debates sobre as lutas dos negros no país e destacou que a discriminação ainda é uma realidade que precisa acabar.“A gente falou sobre racismo nas aulas. Ainda existe e queremos que ele acabe. Eu sou criança e espero que quando for adulto isso não exista mais”, desabafou o estudante.
A Escola Quilombola Nestor Barbosa da Silva, localizada no Quilombo Ressaca da Pedreira, na rodovia AP 070, por meio do projeto “Negritude”, trabalhou o resgate cultural dando ênfase na música e na confecção de objetos como tambor de marabaixo de papelão e brinquedos lúdicos.Tudo que foi produzido estava exposto na feira, como destacou a professora Alexcila Sena, que agradeceu a iniciativa desenvolvida pela Seed, que oportunizou a divulgação dos trabalhos dos alunos.
“É um evento com certeza grandioso. A gente só tem a agradecer, porque a gente mostra o nosso trabalho e o que foi produzido pelos nossos alunos. Além disso, a gente apresenta para as crianças a importância deles no cenário educacional, o que reforça a identidade deles”, considerou a professora.
Além das escolas, o público presente teve a oportunidade de visitar a feira de produtos afros e de indumentárias e adereços religiosos exposta pelo terreiro Ylê Ashé Hossu Zô. O evento foi organizado pelo Núcleo de Educação Étnico Racial da Seed.A secretária de Estado da Educação, Sandra Casimiro, enfatizou que o principal objetivo do evento foi socializar as experiências das escolas e mostrar para a comunidade escolar o que os alunos estão desenvolvendo e aprendendo em sala de aula, principalmente relacionados aos assuntos sociais, como da cultura e luta dos negros no Amapá e todo o Brasil.
“O que queremos é mostrar que estamos trabalhando para a construção de uma sociedade antirracista, uma sociedade igualitária que valorize as diferenças sociais. Essa é a nossa grande missão quanto Secretaria de Educação e Governo do Estado”, declarou Sandra Casimiro.
Mês da Consciência Negra
O Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, assim como todo o mês, marca a importância das discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade social no país. Fala também sobre avanços na luta do povo negro e sobre a celebração da cultura afro-brasileira.
O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, feriado em mais de mil cidades brasileiras, é uma referência à morte de Zumbi de Palmares, negro pernambucano que nasceu livre e foi escravizado aos seis anos de idade. Foi líder do Quilombo dos Palmares e morto em 1695 na região de Alagoas. Sua vida foi marcada pela luta contra a escravidão que terminou oficialmente 190 anos após sua morte, no dia 13 de maio de 1888 com a Lei Áurea.
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