Governo do Amapá retira tenda do Hospital de Santana após 3 anos e prepara entrega da unidade à população
Medida da atual gestão simboliza um novo momento para a população santanense, que ganhará um complexo de saúde.
Tendas foram instaladas em 2020 para atuar como Centro de Covid no auge da pandemia
O Governo do Amapá retirou na terça-feira, 19, as tendas instaladas na área externa do Hospital Estadual de Santana (HES), que por mais de 3 anos foram utilizadas de forma provisória para atendimentos. A medida da atual gestão simboliza um novo momento para a população santanense, que ganhará um complexo de saúde que inclui um novo Pronto Atendimento Infantil e Adulto, maternidade, entre outros serviços.
Com a retirada das tendas, os atendimentos de urgência e emergência foram redirecionados para o ambulatório do hospital, que fica ao lado, na Rua Costa e Silva, no bairro Remédios.
Instaladas em 2020 para atuar como Centro de Covid no auge da pandemia, elas continuaram sendo utilizadas por conta da alta demanda e da reforma da unidade. A operação para desmontar a estrutura contou com equipes de várias áreas, além do serviço de dedetização no local.
O governador Clécio Luís acompanhou a desinstalação das tendas, conversou com servidores e pacientes, e destacou que a ação integra a política de desenvolvimento do Governo do Estado, para ampliar e dar resolutividade ao sistema público de saúde do Amapá.
"Estamos desmontando essas duas tendas, que estiveram aqui durante 3 anos e 7 meses. Conversando com as pessoas hoje, entendemos que esse é um momento importante, simbólico e de vários sentimentos, tanto para o profissional de saúde que trabalhou nelas, quanto para o usuário que ficou entubado e os familiares. Era um lugar provisório, que não tinha todas as condições para funcionar, onde perdemos vidas, mas também foi onde muitas outras vidas foram salvas. Para nós é uma grande vitória poder fazer a desmontagem para inaugurar o novo complexo hospitalar e virar essa página", ressaltou o governador.
Participaram do momento de desabilitação da estrutura, a secretária de Saúde do Amapá, Silvana Vedovelli, o secretáio de Infraestrutura, David Covre; a diretora-presidente da Fundação Saúde, Gisela Cezimbra, e equipes de governo.
Durante a pandemia, uma árvore foi plantada ao lado das tendas, em homenagem aos funcionários e pacientes que passaram pela unidade de Covid-19, como símbolo de esperança. Entre eles está a cozinheira Rosana Santos, que relembrou o atendimento que recebeu na tenda e dos amigos e familiares que perdeu para a doença.
"Já fui atendida aqui muitas vezes, perdi amigos e familiares e não consigo descrever o sentimento de estar aqui vendo a tenda ser desmontada. Com certeza a população do nosso município está feliz e realizada, era um desejo nosso", disse Rosana, emocionada.
"É um momento ímpar para todos, emocionalmente estar aqui e poder ver as tendas sendo desmontadas. Precisamos lembrar que ela salvou muitas vidas, mas que era apenas provisória. Em breve nossos pacientes e profissionais estarão em ambiente digno e estruturado", enfatiza a secretária de Estado da Saúde, Silvana Vedovelli.
Para os profissionais que atuaram desde o início dos atendimentos na unidade provisória, o sentimento é de dever cumprido, como afirma a enfermeira Edicleide Reis.
"É algo inexplicável. Acompanhei tudo desde o começo dos atendimentos aqui nessa tenda, atendendo pacientes durante esses três anos de funcionamento. A população santanense só tem a ganhar com essa mudança", ressalta Edicleide.
Complexo de Saúde de Santana
A reforma no prédio do Hospital Estadual de Santana iniciou em fevereiro de 2021, e a entrega está prevista para esta semana. O complexo contará com o Hospital de Emergência Adulto e Infantil, com 77 leitos clínicos, Centro Obstétrico e Unidades de Terapia Intensiva (UTI), que terá enfermaria, sala vermelha, farmácia e centro cirúrgico, além da maternidade com capacidade para 20 leitos.
Desde janeiro, o Governo do Amapá já destinou ao Hospital de Santana um tomógrafo e dois aparelhos de raio-x portáteis, que serão utilizados para as demandas dos pacientes internados na Unidade de Tratamento Intensivo e na Unidade de Neonatologia, além de um novo arco cirúrgico, responsável por dinamizar os atendimentos no centro cirúrgico, tornando os procedimentos menos invasivos e impactando positivamente na recuperação dos pacientes.
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