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Governo do Amapá inicia 2ª fase de trabalho que monitora impacto das mudanças climáticas na foz do Rio Amazonas 

Projeto Omara busca encontrar alternativas para situações como a salinização da água no Bailique. 

Por Winicius Tavares
11/01/2024 13h50

Iniciativa conta com a participação da comunidade

O Governo do Estado iniciou a segunda fase do projeto Observatório Popular do Mar (Omara), uma iniciativa que busca contribuir nas tomadas de decisões para redução dos impactos das mudanças climáticas na foz do Rio Amazonas, onde a água doce se encontra com o Oceano Atlântico. Desde segunda-feira, 8, uma equipe do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) está no distrito do Bailique, em Macapá, para realizar o trabalho junto à comunidade.

O Projeto Omara é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e executado pelo Governo do Amapá. Nesta etapa do trabalho, serão instaladas as estações e aparelhos para monitorar os dados. Também são realizados treinamentos com moradores, que serão responsáveis por coletar as informações. A iniciativa se estende para os municípios de Itaubal, no Amapá, e de Chaves, no Pará. 

O observatório promove a construção do conhecimento de modo coletivo, participativo e transparente, em um trabalho que permitirá entender, por exemplo, como ocorre a salinização da água na região do Bailique. A partir daí, será possível encontrar alternativas para o abastecimento de água na localidade, com base em novos dados, mais consistentes.

O monitoramento também vai aumentar a compreensão sobre os processos costeiros, como a intrusão salina, inundação e a erosão, que são acelerados com as mudanças climáticas e impactam os ambientes e moradores. 

Para o pesquisador do Iepa e coordenador do projeto, Luis Takiyama, o trabalho com a comunidade é fundamental para a coleta das informações, pois há certa dificuldade de realizar trabalhos científicos na região da foz do rio Amazonas, por sua extensão e dificuldades logísticas.  

“A presença de pesquisadores é esporádica e demanda grande volume de recursos financeiros e não é possível realizar ações de médio e longo prazo. Com a ajuda da comunidade e instalação das estações de monitoramento tenta-se atingir esse objetivo, além de contribuir no processo educativo, formal e informal, das comunidades”, destaca Takiyama.

Observatório Popular do Mar 

Entre agosto e outubro de 2023, o Omara esteve nas regiões do Bailique, Chaves e Beira Amazonas para realizar a primeira fase do projeto com oficinas junto às comunidades. 

Na segunda etapa, que iniciou em janeiro, estão sendo realizadas a instalação e as oficinas para treinamento dos voluntários, que irão coletar dados científicos por meio do “Sistema de Observação da Foz do Amazonas’, de sensoriamento remoto e ciência cidadã.

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