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Março de Lutas: mais de 350 mulheres ribeirinhas recebem atendimentos psicossociais no Bailique, em Macapá

Serviços sociais e jurídicos foram ofertados pela equipe da Secretaria para Mulheres durante a 146ª Jornada Fluvial.

Por Alice Palmerim
12/03/2024 21h15

Atendimentos alcançaram quatro comunidades da região, com atendimento e encaminhamentos

O Governo do Estado, em parceria com o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), atendeu 357 mulheres ribeirinhas durante a 146ª Jornada Fluvial, no distrito do Bailique, em Macapá. A programação integra o “Março de Lutas”, que acontece durante todo o mês para debater os direitos e políticas públicas voltadas para as mulheres. Os acolhimentos e encaminhamentos aconteceram durante uma semana, atendendo quatro comunidades da região.

Foram ofertados atendimentos sociais, jurídicos, psicológicos, palestras e visitas domiciliares. A Jornada é uma cooperação entre a Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres e Tjap, que alcançou às populações ribeirinhas de Vila Progresso, Limão do Curuá, Vila Itamatatuba e Ipixuna Miranda, além de fiscalização e monitoramento ambiental da região.

“Essa parceria é muito importante e que nos honra, porque é mais um mecanismo que nos ajuda a ampliar nossos atendimentos e levar acolhimento às mulheres em todas as regiões do Amapá”, destacou a secretária de Políticas para as Mulheres, Adrianna Ramos.

Alguns atendimentos, como os de serviço social e psicológicos, chegaram pela primeira vez às comunidades, alcançado cerca de 170 pessoas através de palestras e orientações sobre o acesso a serviços em uma semana de ação.

“É um trabalho importante de conscientização, realizamos aqui cinco palestras educativas falando sobre violência doméstica e conseguimos alcançar um número grande de pessoas, que puderam ser sensibilizadas e alcançadas com informações importante sobre as denúncias, os acolhimentos e os serviços que elas podem ter acesso na rede pública”, destacou a assistente social, Carleni Pessoa.

A denúncia é um tema sensível e que muitas mulheres encontram dificuldades de fazer, por isso que a dona de casa Maria da Silva, nome fictício, buscou ajuda durante os atendimentos. Antes de ouvir as palestras e conversar com as equipes, ela acreditava que as agressões que sofria em casa eram normais.

“Eu achava que era normal esse tipo de situação dentro do casamento. Não tenho acesso a televisão, rádio ou internet, quando soube que iria ter atendimento com psicólogo e assistente social, eu procurei ajuda. Agora farei um boletim de ocorrência e buscarei ficar segura”, relatou a jovem.

Segundo a psicóloga do Governo do Estado, Hanna Nery, é importante que as mulheres tenham conhecimentos sobre os tipos de violência para poder quebrar com o ciclo vicioso que, às vezes, pode durar uma vida inteira.

“A violência não começa a partir da violência física, e sim de toda a parte moral, de toda parte psicológica, patrimonial e sexual. É importante alertar que o ato sexual não consentido é violência; não é porque é seu marido, namorado ou companheiro que a mulher é obrigada a o que não quer”, pontou a psicóloga.

A parceria tem alcançado bons resultados. Segundo a coordenadora da Mulher do Tjap, Sônia Ribeiro, a união entre os poderes é um importante passo para alcançar essas vítimas e fortalecer as políticas públicas já existentes.

“Com a experiência da equipe técnica do Governo do Estado, pudemos atender diversas pessoas, o que abrange atendimentos e os encaminhamentos necessários de mulheres e famílias vítimas de violência doméstica, e outros serviços”, reforçou.

 

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