Governo do Amapá promove debate e acolhimento com internas da Penitenciária Feminina
Ação incentiva discussões sobre saúde mental e diversidade.
Projeto é uma das formas de garantir direitos das mulheres LBTI
O Governo do Amapá promoveu nesta sexta-feira, 12, um debate sobre saúde mental e diversidade para reeducandas da Penitenciária Feminina. O principal objetivo da ação é acessar recursos e serviços que assegurem políticas públicas que atendam as necessidades individuais e coletivas das detentas.
Promovido pelo Centro de Acolhimento às Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (AMA-LBTI), que pertence à Secretaria de Políticas para Mulheres, o projeto realiza atividades em vários formatos, como rodas terapêuticas, serviços de assistência social e assistência jurídica, além de ações lúdicas, utilizando filmes que retratam, delicadamente, questões sobre diversidade, sexualidade e relações abusivas para contribuir com a dinâmica.
A ação ocorre regularmente desde 2022. Com a participação de aproximadamente 40 detentas nesta edição, o momento foi focado no autoconhecimento e autocuidado.
“Hoje, utilizamos a oficina de relaxamento, com a fisioterapeuta da Secretaria, e uma de tranças, para ensinar essas técnicas de cuidado com o cabelo, que a gente sabe que também influencia na autoestima”, reforça a psicóloga do Centro AMA-LBTI e supervisora da ação, Lianaara Fonseca.
Uma das mulheres que participaram do encontro foi a Margarida (nome fictício), que aproveitou o momento para praticar o autocuidado. Durante a atividade, a jovem conseguiu o apoio necessário para enfrentar sua situação, além do incentivo ao reconhecimento e orgulho por fazer ser lésbica.
“Gosto muito deste projeto, pois é o momento de aprender sobre nós mesmas. Descobri que adoro fazer tranças, e acho que posso trabalhar com isso. Muitas coisas que eu não sabia aprendi aqui, e tenho certeza que todas elas aprenderam comigo também”, explica a interna.
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