Arraiá do Povo 2024: dez quadrilhas alegraram a penúltima noite de apresentações do ‘Arraiá no Meio do Mundo’

As quadrilhas trouxeram muito brilho e diversidade para a quadra junina Amapaense

No penúltimo dia de festa, nesta segunda-feira, 1º, o Arraiá do Povo, promovido pelo Governo do Amapá, contou com a apresentação de 10 quadrilhas juninas que alegraram o público. As competições englobaram as categorias tradicional, segundo grupo e grupo especial, demonstrando a rica diversidade cultural da nossa região.

A programação faz parte do 15º Arraiá no Meio Do Mundo, que teve a duração de cinco dias. O Arraiá do Povo, que iniciou no dia 21 de junho, reúne os três maiores festivais juninos do estado, sendo coordenado pelo Governo do Amapá, em parceria com a Liga Junina de Macapá (Ligajum), Federação das Entidades Juninas e Folclóricas do Amapá (Fejufap) e Instituto Sócio Cultural Junino Arraiá no Meio do Mundo.

Desde o início da disputa, que encerra nesta terça-feira, 2, aproximadamente 59 grupos juninos irão passar pelo terreirão da Cidade Junina, encantando o público com suas coreografias e trajes típicos.

Veja como foram as apresentações da penúltima noite do "Arraiá no Meio do Mundo":

Rosa Branca Açucena

Abrindo a programação, na categoria dos grupos tradicionais, a quadrilha Rosa Branca Açucena, do bairro Nova Esperança, levou para a cidade junina 20 pares, com o tema “Rosa Branca Açucena declara seu amor pela cidade de Macapá”.

A quadrilha levou muita irreverência para a Cidade Junina. Com indumentárias tradicionais, com direito a chapéu de palha e cores cítricas, as crianças e adolescentes do grupo contagiaram o público presente.

As crianças do grupo Estrela Kids, do município de Santana, abordaram a temática “Viva São João. Tradição Brasileira que encanta gerações”. Composta por 12 pares, os participantes encantaram o público com o marcador mais novo da quadra junina, Willyan Rocha, de apenas 13 anos. 

“Foi muito emocionante. Mesmo sendo a segunda vez que marco uma quadrilha. A emoção é a mesma. Na minha idade, representar um grupo tão renomado como a Estrela Santanense é uma honra”, disse o garoto.

Encerrando as apresentações das quadrilhas tradicionais, o grupo Rosa dos Ventos levou 30 pares, para abordar o tema “Rosa dos ventos em... Meu amor eterno em um arrasta-pé de todos os tempos e nas tradições dos folguedos Juninos”

A quadrilha que foi campeã das tradicionais no Festival Sandro Rogério, realizado pela Liga Junina de Macapá (Ligajum), foi em busca do segundo título, levando cores fortes nas indumentárias e apostando nos passos tradicionais da quadra junina.

O distrito do Bailique foi representado pela quadrilha Mocidade Cultural, contando com 16 pares. O grupo levou para a Cidade Junina a temática “Daqui pra lá, de lá pra cá. Meu são João eu vou dançar”.

O grupo enfrentou mais de 12 horas de viagem até Macapá, para se apresentar.  Vieram vestidos na cor laranja, com muitos brilhos e acessórios, para contar a história do distrito, onde o grupo foi criado.

Em seguida foi a vez do grupo junino Evolução Junina, do bairro Buritizal, abordando o tema “Marruá, a saga de uma nação pantaneira”. A quadrilha levou 15 pares que brilharam com muita cor, para defender sua temática.

Com os adornos das indumentárias em tons verde, simbolizando o ecossistema, os quadrilheiros dançaram em homenagem ao pantanal. A miss caipira se cobriu de dourado e marrom para representar a onça, mais conhecida como Marruá.

Com as indumentárias coloridas, o grupo apresentou o tema “Pintando o corpo e a alma para o São João festejar”. Com pinturas corporais que representam a ancestralidade nos dias atuais. Além disso, nessa temática exaltam-se os símbolos que inspiram a alma dos amantes das festas juninas.

Os 17 pares trouxeram para cidade junina  as culturas indígenas, com a cor predominante verde, junto com o casal de noivos trazendo em sua encenação o casamento da cultura indiana. A miss caipira, junto de seu par, representando a lua e o sol com as cores azuis e alaranjadas, respectivamente.

A última quadrilha, do segundo grupo, a se apresentar foi a Fogo e Folia, do município de Santana. O grupo levou 18 pares para a Cidade Junina, com o tema “Fogo e Folia: numa fábula ardente neste São João”. 

A quadrilha abusou do vermelho em suas roupas, com muito brilho e plumas. O grupo veio em busca do título estadual para levar para a comunidade Santanense.

Quem abriu o grupo especial foi a quadrilha do município do Amapá, Império Amapaense, com 20 pares. O grupo defendeu o tema “Segundo a Cigana, na linha da palma da mão”. 

“Eu carrego o cargo de noiva da quadrilha com muita dedicação e honra, pelo segundo ano, para que o nosso grupo possa chegar ao tão sonhado título estadual”, afirmou a quadrilheira Beatriz Macedo.

A penúltima apresentação da noite foi da quadrilha Atração Junina, que levou o tema “Mestre Vitalino: o Deus do Barro”, com 16 pares fazendo o espetáculo.

Nessa viagem pelo tempo, os casais vestidos com tons de fogo caracterizam os cangaceiros denominados “Bonecos de Barro”, enquanto a miss e mister caipira são a Maria Bonita e Lampião.

O último grupo a se apresentar, das quadrilhas estilizadas, foi Guerreiros de Fogo, trazendo em sua temática a liberdade de expressão em apoio à causa LGBTQIA +. 

“O colorido que dominou o mundo”, trouxe as mais diversas cores e brilhos, representando o arco-íris, ícone simbólico da causa. O casal caipira entrou no tablado com as indumentárias representando o Deus Irís, uma divindade do Egito Antigo, sendo a personificação do próprio fenômeno e a mensageira dos deuses.

O Arraiá do Povo 2024 é organizado pelas secretarias de Estado da Cultura (Secult) e do Turismo (Setur), com 12 dias de evento gratuito envolvendo grupos dos 16 municípios do Amapá. A programação recebe investimentos do Tesouro Estadual e emendas parlamentares articuladas pelos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues.

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