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VALORIZAÇÃO INDÍGENA

Expo Favela Innovation Amapá promove visibilidade à cultura indígena em feira de negócios

Evento realizado em uma parceira entre o Governo do Estado e a Cufa-AP se caracteriza pela valorização da diversidade cultural.

Por Ana Anspach
09/08/2024 17h22

Bijuterias feitas por mulheres indígenas são esxpostas na Expo FavelaBijuterias feitas por mulheres indígenas são esxpostas na Expo FavelaA 2ª edição do Expo Favela Innovation Amapá, patrocinado pelo Governo do Estado, promove a visibilidade da cultura indígena durante a feira de negócios, que reúne artistas e empreendedores da periferia até o sábado, 10. O evento é uma vitrine de negócios que tem o objetivo de conectar empreendedores com o poder público e a sociedade.

FOTOS: Expo Favela Innovation 2024 impulsiona negócios da periferia com o apoio do Governo do Amapá

Na Feira de Expositores, no Centro de Exposições do Sebrae Amapá, artesãos e escritores indígenas têm a oportunidade de participar de rodadas de negócios e vender suas produções, além de trocar experiências no evento que também contempla palestras, workshops, exposições, mentorias, debates, cursos, saraus e shows. 

“Essas chances são fundamentais para mudarmos vidas. É uma conquista que temos que agradecer ao Governo do Amapá, por contribuir para nos ofertar um espaço que dá visibilidade à literatura indígena. Aqui, as pessoas têm a oportunidade de conhecer a nossa escrita, cultura, as artes plásticas, como a cestaria, as louças e bijuterias. É chegada a hora das pessoas virem aqui e conhecer”, destacou a professora Cláudia Flor D'Maria, de 46 anos, que faz parte da etnia dos Itaquêra.

Cláudia Flor D’Maria, escritora indígena, faz parte da etnia dos Itaquêra Cláudia Flor D’Maria, escritora indígena, faz parte da etnia dos Itaquêra A programação gratuita é realizada em uma parceira entre o Governo do Estado, a Central Única das Favelas (Cufa/AP) e a Favela Holding. Além de reunir uma diversidade de empreendimentos, que contribui para a inclusão de pessoas que não têm muitas oportunidades, a iniciativa assume um papel social importante nesta edição, que é desassociar o estigma marginalizado, por vezes vinculado às periferias.

Mapige Gemaque, de 42 anos, é artesã e faz curadoria na Feira Camelódromo, dentro da Expo Favela. Ela fala da importância de voltar o olhar para o que é produzido nos territórios e nos 16 municípios do estado, valorizando a bioeconomia e empreendimentos “invisíveis” à sociedade.

“É importante e significativo, principalmente para o artesanato, ter um local para mostrar o que é criado nas periferias, nas favelas e nas aldeias, impulsionando a economia criativa. Essa feira oportuniza vendas, gera negócios e os expositores recebem pedido de encomendas de seus produtos. Dentro do nosso segmento, 85% dos fazedores de cultura são mulheres”, ressaltou Mapige.

Mapige Gemaque, é artesã e está fazendo a curadoria da Feira CamelódromoMapige Gemaque, é artesã e está fazendo a curadoria da Feira Camelódromo

Dil Palikur, de 37 anos, está expondo o artesanato feito pelas mulheres indígenas, da etnia Palikur. Ela explica que o trabalho delas têm que ser mostrado e que as pessoas têm que saber de onde as sementes são tiradas e porque miçangas são usadas, para produzir colares, brincos e pulseiras.

“Minha comunidade mora no município de Oiapoque. Sou artesã desde 11 anos, e o que sei aprendi com minha mãe. É essencial participar dos eventos que nos dão a chance de mostrar nosso artesanato. Agradecemos muito ao governo do estado, pois esse evento é muito importante para nós”, concluiu Dil.

Dil Palikur, é artesã da etnia PalikurDil Palikur, é artesã da etnia Palikur

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