Governo do Amapá apreende meia tonelada de carne de jacaré durante operação nacional ‘Águas Seguras’
No Amapá, a operação de proteção aos rios da Amazônia segue até 9 de setembro, sob a coordenação da Secretaria de Justiça e Segurança Pública.
Ação abrange rios e afluentes do AmapáPara combater os crimes fluviais no rio Amazonas, o Governo da Amapá participa da operação nacional "Águas Seguras", que visa fortalecer a segurança nas vias navegáveis dos estados que fazem parte da Região Norte, combatendo e investigando atividades criminosas, com foco na pirataria fluvial, narcotráfico e proteção do bioma amazônico.
Um dos destaques destes primeiros dias de atividade foi a apreensão, nesta segunda-feira, 12, de meia tonelada de carne de jacaré, configurando crime ambiental. Os animais abatidos foram encontrados em uma embarcação que navegava na foz do rio Mazagão Velho.
Atividades envolvem abordagens à pessoas e embarcaçõesNo Amapá, a ação coordenada pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) segue até 9 de setembro. As investigações começaram na sexta-feira, 9, com atuação das polícias Civil e Militar. Neste período foram abordadas ainda cinco embarcações e 32 pessoas.
“A ação segue de Santana até a Foz de Laranjal do Jari, podendo ter outras evoluções, já que temos muitos rios no Amapá. Nossas equipes estão operando no combate aos mais diversos crimes que envolvem as vias marítimas e também atuando nas comunidades ribeirinhas que recebem apoio dos policiais. É uma resposta para essas pessoas, pois estamos levando segurança também para esses cidadãos”, afirmou o diretor de operações do setor de Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras da Sejusp, coronel Elon Trajano.
Nos primeiros dias de operação, meia tonelada de carne de jacaré foi apreendidaNo país, a ação é coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e inclui a implementação de um Plano Tático Integrado de Segurança Pública para Amazônia, que abrange do patrulhamento intensivo com embarcações rápidas e equipadas, até a criação de bases fluviais em locais estratégicos, para suporte logístico e reabastecimento das equipes, além do uso de equipamentos tecnológicos.
Os trabalhos também focam nas fiscalizações de embarcações e abordagens com lanchas e equipes especializadas, tanto da PM quanto da PC fazem o patrulhamento nos rios e afluentes.
Para a Polícia Civil, a ação é uma estratégia eficaz da segurança pública, que fecha o cerco contra à criminalidade que viu nos rios, a oportunidade de realizar diversos crimes, já que operações em áreas terrestres urbanas da capital se tornaram frequentes, o que dificultou as investidas de grupos criminosos.
“Surgiu essa necessidade da operação para buscar flagrantes delito ou, a partir das informações dos setores de inteligência, dar cumprimento a mandados e captura de algum foragido que, por ventura esteja se escondendo nessas ilhas que temos espalhadas pelo Amapá”, explicou o diretor da Coordenadoria de Recursos Especiais, delegado Abraão Almeida.
Cães farejadores são suporte nas abordagensA Polícia Militar conta ainda com o reforço do trabalho dos cães policiais do Canil do Batalhão de Operações Especiais (Bope), e de agentes da Companhia de Operações Especiais (COE) e da Companhia Fluvial, que é um policiamento direcionado justamente para combater crimes ilícitos nos rios.
“Estamos fortalecendo a segurança, juntamente com a Polícia Civil nas rotas fluviais para reduzir, drasticamente a ação dos grupos criminosos, dos ratos-d'água, que é uma ação muito presente dentro do nosso estado, principalmente em ações de roubos de carga, com mais registros na divisa de Belém com o Amapá”, finalizou o diretor-adjunto da Diretoria de Operações da Polícia Militar, major Diego Pompeu.
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