Ueap realiza oficina sobre resíduos orgânicos para produção de biogás durante a Semana de Ciência e Tecnologia
A atividade destaca o uso de caroços de açaí como alternativa ao carvão mineral, incentivando práticas sustentáveis no Amapá.
Oficina do Açaí Biogás é conduzida pelo professor Menyklen Penafort da UeapDentro da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) nesta quinta-feira, 17, a Universidade do Estado do Amapá (Ueap) ofereceu uma oficina que ensinou estudantes a reutilizarem resíduos orgânicos através do uso de máquinas de biogás.
A atividade foi conduzida pelo professor do colegiado de engenharia química, Menyklen Penafort, que vem desenvolvendo o projeto de extensão "Açaí Biogás". A iniciativa tem como diferencial a utilização de caroços de açaí, ao invés do uso de carvão mineral, em alguns processos da máquina. Essa ação incentiva práticas sustentáveis ao dar mais uma destinação a esse resíduo.
Além de discutir os aspectos teóricos do tema, a oficina também mostrou aos alunos como preparar os materiais que vão entrar no sistema do biodigestor. O equipamento do projeto se encontra no Parque de Exposições da Fazendinha, em Macapá, e ainda será visitado pelos alunos que participam do workshop.
"Durante a oficina, exploramos todas as etapas do processo, desde a produção até a purificação do biometano. Nosso intuito é oferecer uma experiência prática, onde os participantes possam vivenciar a aplicação real dessas tecnologias e discutir como essas soluções podem contribuir para a sustentabilidade e a economia circular”, explicou o professor.
Carvão ativado de açaí é o grande diferencial do projeto
Açaí Biogás
Os biogases são equipamentos que, a partir dos gases produzidos pela decomposição de matérias orgânicas como excrementos de animais e restos de alimentos, geram diversos produtos, dentre eles os biofertilizantes, gás de cozinha e até mesmo energia.
Esse processo é realizado por microorganismos que ficam alojados no biogás, e que são guardados justamente pelo carvão mineral, mas que no projeto é substituído por uma matéria-prima regional, iniciativa inédita em máquinas como essa.
Os alunos extensionistas do projeto contribuíram tanto na etapa de seleção do biogás que foi adquirido, quanto nas oficinas que são realizadas pela equipe do Açaí Biogás, focadas em outros estudantes envolvidos em áreas relacionados ao projetos e também trabalhadores e proprietários rurais que podem ser beneficiados pela iniciativa.
A mini usina de biogás do projeto está presente no Parque de Exposições da Fazendinha
O planejamento da equipe do Açaí Biogás é que esse projeto se expanda, sendo também implementada uma mini usina na comunidade do Igarapé da Fortaleza, utilizando resíduos sólidos orgânicos, especialmente da fábrica de beneficiamento de palmito da localidade.
Além da instalação da máquina, o projeto também pretende estabelecer uma escola modelo no espaço do Rurap, no Parque de Exposições da Fazendinha, para que a população local possa aprender a utilizar o biodigestor. A produção de biogás, biofertilizante e adubo natural faz parte de uma estratégia para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e melhorar a qualidade de vida na região.
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