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‘É possível empreender com a floresta em pé’, diz artesã indígena que estará nos ‘Encontros Amazônicos Pré-COP30’ no Amapá

Ynandayara Santos, da etnia Galibi-Marworno, veio de Oiapoque para expor biojoias com matéria-prima da Amazônia durante a Feira Sustentável do evento.

Por Alexandra Flexa
10/12/2024 07h30

Ynandayara Santos, da etnia Galibi-MarwornoDestacando as experiência do Amapá, como o estado mais preservado do país que busca modelos para o desenvolvimento mantendo a floresta em pé, o Governo do Estado é parceiro dos “Encontros Amazônicos Pré-COP30”, que inicia nesta quarta-feira, 11, no Museu Sacaca, em Macapá.

Confira a programação dos Encontros Amazônicos Pré-COP30, em Macapá

Além de ouvir os povos tradicionais da floresta sobre as principais demandas da Amazônia, o evento contará com a "Feira Sustentável", que terá exposição de peças artesanais indígenas, quilombolas e produtos de startups, e negócios bioeconômicos certificados pelo Selo Amapá.

Uma delas é a artesã indígena, Ynandayara Santos, da etnia Galibi-Marworno, da aldeia Kumarumã de Oiapoque, no extremo Norte do Estado. Ela produz biojoias a partir de sementes encontradas na floresta amazônica.

Artesã Ynandayara Santos é da etnia Galibi-Marworno“Nossas expectativas são as melhores para este evento, a gente espera mostrar para o mundo nossos produtos e aumentar as nossas vendas. Me sinto feliz de representar o meu povo, as mulheres indígenas que são empreendedoras e mostrar para todos que a natureza deve ser respeita e que é possível empreender com a floresta em pé”, disse a artesã.

O espaço destinado à feira contará com 14 estandes para os empreendedores do artesanato, para as startups e para empresas certificadas pelo Selo Amapá, que reforçam o modelo bioeconômico incentivado pelo Estado.

Valda Gonçalves, CEO da empresa Engenho Café de AçaíValda Gonçalves, de 48 anos, é CEO e fundadora da empresa Engenho Café de Açaí, que trabalha o aproveitamento do caroço do fruto considerado a joia da Amazônia.

“Poder apresentar a nossa startup amapaense que utiliza o caroço de açaí de forma sustentável nos enche de orgulho, um negócio abraçado pelo Governo do Estado que nos certificou garantindo a qualidade do nosso produto, o Selo Amapá nos abriu portas e hoje já temos o selo Latam, que nos permite fornecer para 19 países incluindo os Estados Unidos. Estamos felizes em participar de um evento desse porte que nos garante novas oportunidade de negócios”, enfatiza Valda.

Produtos são resultado do aproveitamento do caroço do fruto considerado a joia da AmazôniaNo Amapá, o modelo econômico moldado na bioeconomia demonstra a potencialidade no desenvolvimento sustentável e no enfrentamento às mudanças climáticas. Para o secretário de Estado do Trabalho e Empreendedorismo, Ezequias Costa, a expectativa do Governo do Estado é mostrar para o mundo os negócios sustentáveis que refletem o compromisso em proteger e conservar a natureza.

Secretário de Estado do Trabalho e Empreendedorismo, Ezequias Costa“O Governo do Estado vem investindo na bioeconomia e na promoção de produtos genuinamente amapaenses, nossa exposição é uma forma de mostrar para o Brasil e para o mundo um pouco de nossas riquezas econômicas que trabalha com biodiversidade”, enfatizou o gestor.

Encontros Amazônicos Pré-COP30

O evento marca os preparativos para a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), a “COP da Amazônia”, que será em Belém (PA) em 2025. Representantes de entidades, movimentos sociais, centros de pesquisa e o poder público vão buscar “Novas Alianças pela Amazônia”, tema escolhido para a reconstrução de políticas públicas sustentáveis para a região.

Ao longo de três dias, o encontro vai promover debates sobre as principais demandas da Amazônia, ouvindo quem vive nela, sob as copas das árvores. Cooperativas agrícolas, extrativistas, pescadores, quilombolas e indígenas do Amapá e da Guiana Francesa vão contar experiências, compartilhar problemas, e ajudar na construção de um documento que será apresentado aos líderes mundiais.

Além do Governo do Estado, lideram e apoiam o evento o Centro Regional para a Cooperação em Educação Superior na América Latina e Caribe (Creces), Sebrae, Parque Científico e Tecnológico Solimões, Flacso Brasil, Corporación educativa Indoamérica, Red de Escuelas Y Facultades de Arquitectura Latinoamericana, CorpoAmazônia, Universidad Metropolitana, Universidade de São Caetano do Sul, Centro Internacional de Água e Transdisciplinaridade (Cirat), FYGP, Comissão Nacional para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (Cnodes), Conselho Nacional dos Direitos Humanos e Norwegian Agency For Exchange Cooperation (Norec).

Museu Sacaca vai receber os 'Encontros Amazônicos Pré-COP30' entre os dias 11 e 13

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