Fórum pan-amazônico debate alianças e políticas ambientais sustentáveis em evento Pré-COP30, no Amapá
Evento conta com a participação de indígenas, quilombolas, extrativistas, sociedade civil e representantes internacionais para promover desenvolvimento econômico aliado à preservação.
Evento reúne diversos povos, como indígenas, quilombolas e extrativistas, para debater sobre mudanças climáticasComo parte da programação dos "Encontros Amazônicos Pré-COP30", ocorreu na quinta-feira, 12, no museu Sacaca, o "Fórum Intersetorial Pan-Amazônico: Novas Alianças pela Amazônia", que discutiu os impactos locais das mudanças climáticas e como isso afeta a região. O evento, em parceria com o Governo do Amapá, segue até esta sexta-feira, 13.
As discussões sobre o tema reforçaram a necessidade da adoção de um conjunto de práticas de responsabilidade ambiental, para que todos possam promover o desenvolvimento econômico e social, com respeito às populações tradicionais.
Coordenador da delegação da Guiana Francesa, Christophe Yanuwana Pierre"Estamos constantemente reforçando que dividimos a mesma Amazônia e precisamos reagir. Queremos afirmar novamente que somos da Amazônia, povos originários da região amazônica", declarou o coordenador da delegação Guiana e membro do Grupo de Trabalho da Assembleia das Altas Autoridades Indígenas da Guiana, Christophe Yanuwana Pierre.
No Amapá, considerado o estado mais preservado do país, as políticas públicas da atual gestão são pautadas em um desenvolvimento que mantenha a floresta em pé e considere os povos tradicionais, os quilombolas e todos os que vivem nela.
Secretária de Estado dos Povos Indígenas, Sônia Jeanjacque"Falar sobre mudanças climáticas é falar de vida, de sobrevivência. Há indígenas que estão diretamente ligados e atuantes no meio ambiente, e precisamos pensar coletivamente em formas de sobreviver às consequências dessa problemática, como a seca dos rios" destacou a secretária de Estado dos Povos Indígenas, Sônia Jeanjacque.
O gerente do Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) Jefferson Vilhena, destacou a necessidade de redobrar a atenção e intensificar ações efetivas para as constantes e severas mudanças no meio ambiente.
"Não é mais uma mudança, é uma urgência climática, um alerta que a gente tem e já está acontecendo. Precisamos nos preparar para esses eventos mais fortes e mitigar os efeitos aprendendo com os povos indígenas a como cuidar da terra, do meio ambiente e como ser cada vez mais sustentável", enfatizou Vilhena.
"Fórum Intersetorial Pan-Amazônico" debateu desenvolvimento econômico aliado às populações tradicionais
A partir da reunião e das questões levantas durantes os três dias do evento, será elaborado um documento para ser apresentado aos líderes mundiais durante a COP30, em Belém, no Pará, em 2025.
Diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá, Gutemberg Silva"Estamos a um ano da grande COP da Amazônia, momento em que pessoas de todo o mundo estarão aqui, na região, discutindo soluções sustentáveis. Por isso, o Amapá está presente e está se preparando para esse grande momento de debates amabientais que é a COP30", pontuou o diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá, Gutemberg Silva.
Encontros Amazônicos Pré-COP30
O encontro, reúne povos tradicionais, extrativistas, quilombolas, representantes da sociedade civil, pescadores, indígenas e delegações da França, Colômbia, Suriname e do território da Guiana Francesa.
Além do Governo do Estado, lideram e apoiam o evento o Centro Regional para a Cooperação em Educação Superior na América Latina e Caribe (Creces), Sebrae, Parque Científico e Tecnológico Solimões, Flacso Brasil, Corporación educativa Indoamérica, Red de Escuelas Y Facultades de Arquitectura Latinoamericana, CorpoAmazônia, Universidad Metropolitana, Universidade de São Caetano do Sul, Centro Internacional de Água e Transdisciplinaridade (Cirat), FYGP, Comissão Nacional para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (Cnodes), Conselho Nacional dos Direitos Humanos e Norwegian Agency For Exchange Cooperation (Norec).
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