Representantes da Rede de Atendimento à Mulher participam de qualificação para enfrentamento à violência doméstica e de gênero
A iniciativa do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) abordou os estudos de gênero, feminismo e masculinidade, combinando com métodos ativos e reflexivos de grupos.
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Representantes da Rede de Atendimento à Mulher (RAM) no estado participaram do curso “Facilitador de Círculos Reflexivos para Autores de Violência contra as Mulheres”, promovido pelo Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), em Macapá. A iniciativa abordou por três dias a condução de grupos reflexivos voltados à responsabilização e conscientização de homens autores de violência.
A capacitação, realizada pela Escola Judicial do Amapá (EJAP) de 12 a 14 de fevereiro, buscou qualificar profissionais do Judiciário e de instituições parceiras, como a Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar, além representantes dos Centros que pertencem à Secretaria de Políticas para Mulheres (SEPM) de Macapá, Santana, Mazagão, Porto Grande, Laranjal do Jarí e Oiapoque.
“É primordial essa atualização envolvendo todos os órgãos que compõem a Rede de Atendimento no Estado. Estamos viabilizando a participação dos nossos centros, porque para o enfrentamento à violência doméstica e de gênero precisamos dessa união”, destacou a secretária de Políticas para Mulheres, Adriana Ramos.
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A metodologia, com 20 horas, abordou os estudos de gênero, feminismo e masculinidade, combinando com métodos ativos e reflexivos de grupos, além de utilizar instrumentos psicológicos e sociológicos para a compreensão e intervenção na construção social das violências de gênero.
De acordo com o formador Adriano Beiras, o curso atende uma recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que estimula a criação de grupos reflexivos como parte da política nacional.
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“A participação dos profissionais que lidam com a prevenção e o combate à violência contra mulheres é fundamental, trabalhamos os desafios na produção de uma política pública judiciária de trabalho e atenção para homens atores de violência, porque precisa existir esse trabalho com eles, dialogando sobre suas questões emocionais, habilidades na resolução de conflitos. A esperança é que a partir desse curso possamos ter mais políticas públicas concentras, direcionamento de recursos e possibilidade de aprimoramento, aqui no Amapá”, esclareceu Beiras.
Uma das participantes foi a coordenadora do Centro de Referência em Atendimento de Oiapoque, Nátane Oliveira, que ficou bastante motivada com a troca de experiências, e os desafios de cada instituição.
“O curso foi bastante significativo, porque deu oportunidade para a gente entender e aperfeiçoar nossa metodologia, principalmente, porque já trabalhamos com o grupo ‘Homens pelo Fim da Violência’. E dar espaço para a escuta especializada e entender as demandas dos homens para fazer com que os grupos reflexivos se tornem mais eficientes no combate à reincidência da violência”, pontuou a participante.
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