Governo do Amapá reorganiza fluxo do Pronto Atendimento Infantil para enfrentar alta demanda de pacientes
Desospitalização, reforço nas equipes, dispensação de medicamentos foram algumas das medidas adotadas para atender o aumento expressivo por serviços pediátricos.

O Governo do Amapá está reorganizando o fluxo do Pronto Atendimento Infantil (PAI), em Macapá, para enfrentar o aumento expressivo na procura por serviços de urgência e emergência pediátrica em decorrência de doenças sazonais neste início de 2025, como problemas respiratórios devido o inverno, que deve ser estender até junho.
Para atender a alta demanda de pacientes - cuja média diária é de aproximadamente 100 crianças - e garantir um serviço mais ágil e eficiente, o PAI adotou uma série de medidas, entre elas, a desospitalização, entrega de medicamentos para tratamento domiciliar, reorganização de equipes e transferências para hospitais conveniados, a exemplo do Hospital São Camilo, um suporte que desafoga a unidade.
A iniciativa busca melhorar o serviço pediátrico, que é impactado especialmente por casos de baixa complexidade que poderiam ser tratados em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

“O PAI é uma unidade de urgência e emergência destinada a casos graves, classificados como amarelo, laranja e vermelho. Porém, atualmente, a nossa maior demanda é de casos verdes e azuis, o que prejudica o atendimento de quem realmente necessita de cuidados especializados", explica o pediatra Cleison Brasão, responsável técnico do PAI.
No mês de janeiro, foram atendidos 2.096 pacientes, desses 1.287 foram classificados com risco verde e azul, que de acordo com o Protocolo de Manchester, são pacientes de baixo risco.
Os casos graves, que são a natureza dos serviços do Pronto Atendimento Infantil, somaram 809 pacientes, sendo 79 com classificação laranja (muito urgente), 729 na cor amarela (urgente) e apenas 1 caso de emergência, que é a cor vermelha.
Em fevereiro houve uma pequena redução, mas a média geral se manteve alta, principalmente para os casos de baixa complexidade. Durante o mês foram realizados 1.932 atendimentos, dos quais 1.269 deveriam ser destinados às UBSs.

A desospitalização e o tratamento domiciliar foram adotados para crianças com quadros amenos como pneumonia leve, que recebem alta mais cedo para continuar o tratamento em casa com antibióticos orais, sendo acompanhadas pela UBS mais próxima. Esse método permite liberar leitos e priorizar pacientes que necessitam de internação hospitalar.
Embora o PAI seja uma unidade terciária e não tenha como característica a dispensação de medicamentos, o Governo do Estado passou a fornecer remédios essenciais na alta hospitalar para garantir que o tratamento não seja interrompido em casa.
O hospital também reforçou as equipes de saúde, liberando mais médicos para o atendimento na unidade de acordo com a escala por setores. A "porta de entrada", por exemplo, conta com mais profissionais para o primeiro atendimento da criança. A reorganização inclui ainda:
🔴 Sala Vermelha: área destinada aos casos mais graves, com atendimento exclusivo de pediatras.
🟡 Sala Amarela: atendimento intermediário, com pediatras e outros profissionais treinados para manejar casos moderados
Mesmo com a alta demanda, o PAI mantém um atendimento humanizado, como relatado por Brigitte Melo, mãe da pequena Paloma, de 6 anos de idade, que foi atendida na unidade no dia 28 de fevereiro com sintomas de vômito, diarreia e tosse.
"O atendimento aqui foi imediato, muito melhor do que os que eu busquei em hospitais particulares. Ela foi diagnosticada com pneumonia e ficou internada por 11 dias, recebendo todo o cuidado necessário", disse a mãe, aliviada pela recuperação da filha e o retorno para casa.

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