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IGUALDADE RACIAL

No Dia Nacional das Tradições de Matriz Africana, Governo do Amapá fortalece políticas públicas e projetos para comunidades de terreiro

Projetos e ações afirmativas voltados para a luta contra o preconceito, a discriminação e a intolerância religiosa são desenvolvidos e apoiados pela Fundação Marabaixo.

Por Gabriel Penha
21/03/2025 15h01
Políticas de igualdade racial são debatidas pelo Governo do Amapá com os movimentos sociais
Políticas de igualdade racial são debatidas pelo Governo do Amapá com os movimentos sociais
Foto: Gabriel Penha/Fundação Marabaixo/GEA

Nesta sexta-feira, 21, são comemoradas duas datas importantes para o povo negro no Brasil: o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial e o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé. Ambas remetem à reflexão e à luta contra todo tipo de preconceito, discriminação e intolerância religiosa.

No Amapá, o Governo do Estado fortalece a luta dos povos de terreiros com diversas políticas públicas e ações afirmativas, coordenadas ou apoiadas pela Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Feppir-Fundação Marabaixo). Entre as mais recentes, está o encontro que alinhou as etapas municipais e estadual como fases de articulação para a 5ª Conferência Nacional de Igualdade Racial (Conapir), que acontece em setembro, em Brasília (DF).

Dia Estadual dos Cultos Afro também é incentivado pelo Governo do Amapá
Dia Estadual dos Cultos Afro também é incentivado pelo Governo do Amapá
Foto: Gabriel Penha/Fundação Marabaixo/GEA

O evento foi organizado em parceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR), sendo marcado pela troca de informações com os gestores municipais de igualdade racial e o último foi a mesa propositiva com a escuta dos movimentos sociais. Na ocasião, foi anunciada a realização da Conferência Estadual acontecerá de 21 a 23 de julho, em Mazagão Velho, no período da Festa de São Tiago, que leva grande público para a região.

Para os povos de terreiro, a política mais notória é o Edital Mãe Dulce, que fomentou 22 projetos de casas de matriz africana em Macapá, Santana, Mazagão e Laranjal do Jari, com investimentos de R$ 150 mil. Os recursos já foram devidamente pagos e a equipe técnica da Fundação agora faz o acompanhamento da execução dos projetos.

Pai Alexandre Costa, do Ylê Ashé Ahoussu Zô
Pai Alexandre Costa, do Ylê Ashé Ahoussu Zô
Foto: Gabriel Penha/Fundação Marabaixo/GEA

“Pela primeira vez, temos um edital voltado exclusivamente para o fortalecimento das casas de matriz africana no Amapá. Além de fortalecer, dar visibilidade e abrir as portas dos templos religiosos de matriz africana, assim fortalecendo das casas e a luta contra o preconceito e a intolerância”, ressalta o Pai Alexandre Costa, do Ylê Ashé Ahoussu Zô, no bairro São Lázaro, em Macapá.

Em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), a Fundação Marabaixo apoia ações realizadas em datas comemorativas para os povos de terreiros. O destaque fica para o Festival de Iemanjá, que em fevereiro deste ano, foi realizado pela primeira vez de forma simultânea em Macapá, Mazagão, Santana, Laranjal do Jari e Oiapoque; a programação foi realizada pela Federação de Cultos Afro Religiosos de Umbanda e Mina Nagô (Fecarumina), com fomento do Governo do Amapá.

Festival de Iemanjá, evento fomentado e fortalecido pelo Governo do Amapá
Festival de Iemanjá, evento fomentado e fortalecido pelo Governo do Amapá
Foto: Gabriel Penha/Fundação Marabaixo/GEA

Outra data cuja celebração é fortalecida é 8 de maio, quando se celebra o Dia Estadual dos Cultos Afro-Religiosos, que relembra a luta e o legado da saudosa Dulce Costa Moreira, a “Mãe Dulce”, uma das pioneiras da cultura afro-religiosa no Amapá; além do troar dos tambores, a última edição do evento foi marcada por palestras, workshops e oficinas voltadas para debater a religiosidade e reforçar a luta contra a discriminação.

Para a diretora-presidente da Fundação Marabaixo, a luta contra toda a forma de preconceito e intolerância deve ser cotidiana e em constante diálogo com os movimentos sociais, seguindo a orientação do governador Clécio Luís.

Josilana Santos, diretora-presidente da Fundação Marabaixo
Josilana Santos, diretora-presidente da Fundação Marabaixo
Foto: Gabriel Penha/Fundação Marabaixo/GEA

“O combate ao racismo, ao preconceito, à intolerância e pelo fortalecimento da população negra fazem parte da missão principal da Fundação Marabaixo. Isso inclui nossa cultura e manifestações religiosas afro-amapaenses. Temos buscado manter e ampliar constantemente o diálogo com os movimentos, para que essas políticas públicas sejam feitas da forma mais assertiva possível”, destaca Josilana Santos. 

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