Governo do Amapá reforça políticas de promoção da igualdade racial no Vale do Jari
Ação coordenada pela Fundação Marabaixo doou um notebook e acompanhou a assinatura simbólica da criação do Departamento Municipal de Promoção da Igualdade Racial em Vitória do Jari.


O Governo do Amapá fortaleceu, durante a agenda de entregas e serviços no Vale do Jari, as políticas de promoção da igualdade racial junto aos municípios. Em Vitória do Jari, no domingo, 6, foi doado ao município de Vitória do Jari um notebook, que será utilizado no recém criado Departamento Municipal de Promoção da Igualdade Racial, vinculado à Secretaria de Cultura e Turismo do município.
Estiveram presentes na solenidade de assinatura simbólica da criação do órgão, a Fundação Estadual de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Feppir - Fundação Marabaixo), representada pela diretora-presidente Josilana Santos, acompanhada da equipe técnica da pasta, e a secretária de Estado da Cultura, Clicia Vieira Di Miceli, o deputado federal Dorinaldo Malafaia e o secretário municipal de Cultura e Turismo, José Carlos Dutra.
Na ocasião, o município de Vitória do Jari aderiu ao Fórum de Gestores de Igualdade Racial. O novo órgão municipal fica localizado na comunidade quilombola de Tapereira, já reconhecida e certificada pela Fundação Palmares como remanescente, além de abrigar um território de 19 outras comunidades em processo de certificação.

“Uma de nossas missões é fortalecer as políticas e ações afirmativas pelo Amapá inteiro. Vitória do Jari tem o quilombo do Tapereira e muitas outras áreas, entre ribeirinhas e tradicionais no entorno. Este novo departamento é uma conquista significativa para o fortalecimento das políticas de igualdade racial em Vitória do Jari”, destacou Josilana Santos.
A agenda da Fundação Marabaixo iniciou com um encontro com quilombolas da comunidade de Tapereira e integrantes das religiões de matriz africana. A reunião aconteceu na sede do Ylê São Pedro Caboca Tereza Légua, em Vitória. Na ocasião, a Fundação falou sobre o programa Amapá Afro, que garante o recorte racial e a transversalidade em diferentes áreas, como saúde, educação, cultura e diversas outras.

A presidente da Associação de Moradores do Quilombo de Tapereira (AMQT), Luziane Freitas, apresentou diversas demandas solicitadas em nome da comunidade, sendo a implantação do Ensino Médio Regular, a regularização das terras e a implantação de energia solar na comunidade entre as principais.
“É importante esse diálogo com o Governo do Estado, com os representantes da Fundação Marabaixo. Além de ser ouvidos, já iniciamos as tratativas para que essas demandas sejam atendidas, pois somos uma região isolada que necessita da atenção e presença do poder público”, disse a líder comunitária.
Tapereira foi o local escolhido para a etapa municipal de Vitória do Jari da Conferência Municipal de Igualdade Racial, que deve acontecer entre maio e junho.

A tarde de domingo, 6, foi marcada pela realização de oficina de marabaixo e toque de caixa de marabaixo para moradores da comunidade quilombola de Tapereira. As aulas práticas foram ministradas pela diretora adjunta da Fundação, Laura do Marabaixo, e pelo conselheiro estadual de Cultura e de Igualdade Racial, Wendel Uchôa e aconteceram na Feira do Agricultor.
A ação faz parte do programa Amapá Afro, com o projeto denominado “Marabaixando pelo Amapá Inteiro”, que tem o objetivo de levar a mais autêntica manifestação cultural amapaense para os municípios.
Já à noite, após a oficina, na Arena Tieta, os moradores de Tapereira receberam a doação de duas caixas de marabaixo personalizadas e com baquetas, além de tecidos e materiais para a confecção de roupas.
Para a secretária de Estado da Cultura, Clícia Vieira Di Miceli, “o marabaixo deve ser visto além da festa e da dança, mas também como forma de pertencimento e ancestralidade”.

Diálogo com quilombolas e matriz africana
Na escuta da matriz africana, integrantes da casa anfitriã e do Terreiro de Mina Cabocla Mariana Ya Lana D’Oxum. Entre as ações anunciadas está uma grande ação de combate ao racismo religioso e intolerância religiosa, que irá contar com o apoio da prefeitura. Também foi lançado o projeto “Terreiro Legal, Terreiro Protegido”, que vai apoiar a regularização das casas de culto afro no município.
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