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SAÚDE INDÍGENA

Governo do Amapá registra casos de indígenas com síndromes gripais e respiratórias graves na rede hospitalar

Hospital da Criança está com 11 pacientes em leitos clínicos e de UTI até esta sexta-feira, 6; unidade conta com intérpretes para auxiliar no atendimento das famílias.

Por Roberta Corrêa
06/06/2025 08h00
Há registros de atendimento de indígenas com síndromes respiratórias em Macapá, Oiapoque e Pedra Branca do Amapari

Enfrentando um surto de síndromes gripais e respiratórias e em situação de emergência em saúde pública, o Amapá também registrou casos em indígenas. No Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e Pronto Atendimento Infantil (PAI), em Macapá, seis pacientes indígenas estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica e outros cinco estão em observação nas enfermarias até esta sexta-feira, 6.

Para garantir um atendimento humanizado e inclusivo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disponibiliza diariamente intérpretes indígenas, que auxiliam na comunicação entre os profissionais e os familiares das crianças. 

Alessandra Macial, coordenadora estadual de Saúde Indígena da Sesa

"Estamos ativamente trabalhando para que eles sejam compreendidos. Médicos e enfermeiros estão garantindo atendimento clínico, e estamos alertando as famílias indígenas a não esperarem muito tempo após os primeiros sintomas gripais para buscar ajuda", destacou Alessandra Macial, coordenadora estadual de Saúde Indígena (Coesi).

A equipe de intérpretes atende as etnias como Tirió, Karipuna, Apalai, Galibis Marworno, Wajãpi, Palikur, Kaxuyana, entre outras.

Intérpretes auxiliam profissionais de saúde e pacientes indígenas na coleta de informações para o tratamento

O intérprete Araimare Waiãpi Waiana ressalta o papel fundamental dos profissionais neste momento crítico, pois os pacientes indígenas ficam mais confortáveis em um ambiente estranho e não habitual quando estão com alguém que fala a língua deles.

Araiware Waiana, intérprete indígena

"Na maioria das vezes, eles chegam tímidos e não conseguem descrever os sintomas da criança. Com nossa presença, se sentem mais acolhidos, e assim os médicos e enfermeiros conseguem realizar os atendimentos com mais precisão", pontuou Waiana.

Saúde indígena

De acordo com a Coesi, houve aumento expressivo nos casos de síndromes gripais entre crianças indígenas, especialmente no mês de maio. A maioria dos pacientes tem cerca de três anos de idade.

Intérpretes fazendo a tradução do idioma indígena durante atendimento de paciente no HCA

Na Unidade Mista de Saúde de Pedra Branca, foram registrados 37 atendimentos por síndromes gripais desde inicio do ano, sendo 22 somente em maio. Já no Hospital Estadual de Oiapoque, 34 casos foram registrados de janeiro até este início de junho. 

A Coesi também lembra que existem Núcleos de Saúde Indígena em Oiapoque e Pedra Branca, para atendimento inicial, mas os casos mais graves são encaminhados ao HCA/PAI para tratamento especializado. Atualmente, as crianças internadas e seus familiares recebem suporte completo nos ambulatórios específicos da unidade.

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ÁREA: Saúde