Governo do Amapá declara situação de emergência em saúde pública após aumento de casos de síndromes gripais
Crianças são as mais afetadas; medidas emergenciais foram adotadas pela Secretaria de Saúde (Sesa) para ampliar a capacidade de atendimento na rede hospitalar do estado.

A alta demanda de pacientes, especialmente o público infantil, com síndromes respiratórias dando entrada nos hospitais da rede pública estadual fez com que o Governo do Amapá declarasse, na terça-feira, 20, situação de emergência em saúde pública. Com isso, medidas emergenciais estão sendo adotadas para ampliar a capacidade de atendimento.
O Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e o Pronto Atendimento Infantil (PAI) são os mais afetados, com taxa de ocupação de 100% dos leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na última semana, foi registrado um aumento de 25% nas internações se comparada ao período anterior. De abril até terça-feira, 20 de maio, o PAI registrou 1.215 crianças com síndrome gripal, e 257 pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Entre as medidas para garantir assistência aos pacientes está a abertura de leitos, reorganização do fluxo de atendimento e adaptação da mais salas vermelhas de suporte avançado à vida, atuando como uma semi-intensiva, e salas brancas, caracterizada por um controle rigoroso do ambiente, projetada especificamente para minimizar a contaminação.
De acordo com a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), o Amapá está em nível de alerta ou risco com surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pelos Vírus Sincicial Respiratório (VSR), agente causador de doenças como a bronquiolite, inflamação que dificulta a chegada do oxigênio aos pulmões. Também há casos de Influenza A e B e Covid-19.

“Inicialmente os casos eram esperados em razão do período sazonal do inverno amazônico, mas os atendimentos estão acima do esperado na nossa rede hospitalar. O governador Clécio Luís está comprometido em tomar todas as medidas necessárias para garantir assistência em saúde, mas é fundamental que as famílias e toda a população contribuam tomando os devidos cuidados preventivos”, ressaltou a secretária de Saúde do Amapá, Nair Mota.
O decreto considera o Alerta Epidemiológico nº 8, de 15 de maio, emitido pela SVS, que aponta para o aumento de casos e o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A alta demanda de pacientes não é restrita à rede pública, também há problemas na rede privada.
Além do HCA/PAI, o Hospital da Mulher Mãe Luzia registra aumento de casos. De janeiro até 21 de maio, a maternidade contabiliza 51 casos com síndromes respiratórias em bebês com até 28 dias de vida, desses 14 foram atendidos na UTI Neonatal e 4 chegaram a ficar entubados. Na maioria dos casos, os recém-nascidos já tinham recebido alta e contraíram o vírus em casa.
Já no Hospital Estadual de Santana, em menos de dois meses - de abril até 20 de maio - 3.044 pacientes deram entrada apresentando quadro de síndromes respiratórias. Com o aumento dos atendimentos, a unidade intensificou as ações educativas de prevenção, reforçando a responsabilidade de cada indivíduo em manter cuidados básicos de higiene, saúde e vacinação para minimizar o impacto durante o inverno amazônico.
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