Maior base logística offshore privada da América Latina articula instalação no Amapá para apoiar exploração de petróleo na Margem Equatorial
Governador Clécio Luís recebeu a empresa Nitshore Engenharia e Serviços Portuários em visita ao estado com parte da estratégia para tornar o estado um polo estratégico na exploração de petróleo.
O governador do Amapá, Clécio Luís, recebeu nesta segunda-feira, 9, no Palácio do Setentrião, em Macapá, a visita da empresa Nitshore Engenharia e Serviços Portuários, do Rio de Janeiro, que deseja se instalar no estado. A companhia é responsável pela maior base logística offshore privada da América Latina e referência nacional em operações integradas no setor de óleo e gás.
Durante o encontro, foram discutidas estratégias de logística, armazenamento e distribuição voltadas para as futuras atividades de pesquisa e exploração de petróleo na Margem Equatorial. A articulação faz parte dos esforços do Governo do Amapá para preparar o estado como ponto estratégico para o setor, tanto no cenário nacional quanto internacional.
"O Amapá segue firme, se preparando todos os dias para a indústria petrolífera na nossa costa. Além dos royalties, nós queremos a cadeia produtiva do petróleo aqui, trazendo desenvolvimento, gerando emprego. Essa é mais uma das muitas empresas que querem se instalar aqui. Estamos nos preparando para essa atividade que vai mudar os rumos do estado”, enfatizou Clécio Luís.
Entre as atividades realizadas pela Nitshore estão a movimentação de cargas, alfandegamento para importação e exportação, armazenagem, tancagem de fluidos, abastecimento de água e combustíveis, gerenciamento de resíduos e reparos navais. A empresa demonstrou interesse em expandir suas operações para o Amapá, atraída pela estabilidade política, ambiental e jurídica do estado.
"A gente se sente muito seguro em desenvolver esse trabalho aqui no Amapá. Toda a operação logística é feita com protocolos e procedimentos rigorosos. Trabalho nela há 20 anos e posso garantir: não existe setor mais focado na proteção ambiental e na segurança do que o de óleo e gás”, enfatizou o diretor da Nitshore, Gilson Gonçalves.
A visita da Nitshore ao Amapá é fruto de uma missão técnica realizada por representantes do estado às instalações da empresa em Niterói e São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Amapá, Josiel Alcolumbre, que integrou a comitiva, essa ação demonstra o avanço do estado na preparação para atuar no setor de óleo e gás.
“A visita é mais uma etapa do processo. Agora, saímos ainda mais convencidos de que a defesa da exploração de petróleo é uma decisão de Estado. Trazer essa indústria para cá é mudar a vida de milhares de pessoas”, afirmou Alcolumbre.
Políticas públicas no novo setor industrial
Como parte dessa mesma agenda de fortalecimento da cadeia produtiva de petróleo e gás no estado, os Governos do Amapá e do Rio de Janeiro firmaram uma parceria técnica estratégica para troca de informações, programas de capacitação e o desenvolvimento conjunto de ações voltadas ao setor, contribuindo diretamente para a estruturação de políticas públicas que sustentem o crescimento dessa nova frente econômica.
A iniciativa se apoia na expertise do Rio de Janeiro, referência nacional na produção de petróleo e gás natural, e visa garantir que o Amapá esteja preparado técnica e institucionalmente para os desafios e oportunidades que surgem com a possível exploração da Margem Equatorial. Trata-se de mais um passo na consolidação do estado como polo logístico e produtivo da indústria petrolífera no Brasil.
Offshore
Offshore é um termo da língua inglesa que, em português, significa “afastado da costa”. A palavra designa empresas que exploram matérias-primas em alto-mar, como petróleo e gás
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