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FLORESTA PROTEGIDA

Governo do Amapá busca certificação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru em programa de conservação internacional

De 19 a 23 de agosto, a reserva recebe o Grupo de Especialistas em Avaliação da Lista Verde do Brasil, processo essencial para avaliação do padrão de Áreas Protegidas e Conservadas da União Internacional.

Por Alexandra Flexa
04/08/2025 15h20
RDS do Rio Iratapuru vai integrar a Lista Verde de Áreas Protegidas e Conservadas da União Internacional

O Governo do Amapá avança na proteção ambiental de seu território aliado ao desenvolvimento sustentável que mantém a floresta em pé. Nesta perspectiva, entre os dias 19 e 23 de agosto, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Iratapuru, no sul do estado, recebe a visita do Grupo de Especialistas em Avaliação da Lista Verde (EAGL-Brasil), uma importante etapa do processo de certificação da Unidade de Conservação no padrão da Lista Verde de Áreas Protegidas e Conservadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

A visita do EAGL-Brasil reúne especialistas independentes que vão analisar, in loco, evidências sobre a efetividade da gestão da RDS e dialogar com representantes das comunidades, gestores públicos e parceiros institucionais. A sociedade civil, instituições públicas e demais partes interessadas podem participar e contribuir com o processo de avaliação, enviando comentários e informações sobre a gestão dessa área protegida.

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Criada em 1997 e gerida pelo Governo do Amapá, sob a coordenação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), a RDS do Rio Iratapuru abrange áreas dos municípios de Laranjal do Jari, Mazagão e Pedra Branca do Amapari. Com cerca de 806.184 hectares de extensão, é uma Unidade de Conservação estadual de uso sustentável, que abriga uma floresta densa de terra firme com alta biodiversidade e comunidades tradicionais extrativistas organizadas com foco principal para o extrativismo da castanha-do-brasil.

Unidade de Conservação localizada no sul do estado é rica em biodiversidade

A candidatura da RDS do Rio Iratapuru à Lista Verde é resultado de mais de duas décadas de esforços contínuos para fortalecer a gestão territorial e ambiental da Unidade, valorizar os modos de vida locais, conservar a biodiversidade e promover o uso sustentável dos recursos naturais da floresta, especialmente os derivados do beneficiamento da castanha-do-brasil, principal produto da cadeia socioprodutiva local.

A Lista Verde da UICN é uma certificação internacional que reconhece áreas protegidas que alcançaram elevados padrões de efetividade de manejo, governança participativa, conservação da biodiversidade e justiça social. A adesão da RDS a esse processo visa consolidar conquistas, identificar pontos de melhoria e promover maior reconhecimento nacional e internacional à experiência amazônica desta importante Unidade de Conservação estadual.

A experiência do RDS do Rio Iratapuru reforça o papel estratégico das Unidades de Conservação no desenvolvimento sustentável do Amapá e demonstra a importância da aliança entre comunidades tradicionais, Estado e parceiros pela floresta em pé e conservada.

As atividades extrativistas são de uso sustentável com beneficiamento da castanha do Brasil

Sobre a RDS do Rio Iratapuru

A Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Iratapuru é uma Unidade de Conservação estadual de uso sustentável criada em 1997, com aproximadamente 806 mil hectares, abrangendo os municípios de Laranjal do Jari, Pedra Branca do Amapari e Mazagão.

Gerida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amapá, com apoio de um Conselho Gestor paritário e deliberativo, a RDS do Rio Iratapuru tem como objetivo promover a conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais. Reconhecida como área prioritária para a conservação da Amazônia, conta com Plano de Manejo aprovado, que orienta ações de proteção, pesquisa, educação ambiental e desenvolvimento sustentável.

A RDS do Rio Iratapuru faz fronteira com outras áreas protegidas como a Floresta Estadual (FLOTA) do Amapá, a Estação Ecológica (ESEC) do Jari e a Terra Indígena Wajãpi, compondo um importante mosaico na região amazônica. É utilizada por comunidades do entorno para atividades extrativistas, como coleta de castanha-do-Brasil e breu branco, este último envolvido em contrato pioneiro de repartição de benefícios com a empresa Natura. 

RDS do Rio Iratapuru abriga um santuário de árvores gigantes

Desde 2012, a RDS do Rio Iratapuru integra o Programa Áreas Protegidas da Amazônia - ARPA, recebendo apoio para gestão e consolidação dos objetivos da reserva, apoiando, desse modo, a implementação de seu Plano de Manejo.

Esta Unidade de Conservação realiza o monitoramento da biodiversidade, abrangendo fauna e flora, por meio da implementação dos protocolos do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Programa Monitora), especificamente no componente florestal.

Desde 2019, são acompanhados grupos como borboletas frugívoras, mamíferos terrestres de médio e grande porte, aves cinegéticas e plantas arbóreas e arborescentes. Essa iniciativa promove a conservação baseada em evidências científicas e na participação ativa da comunidade. 

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