Governo do Amapá promove curso de letramento racial a trabalhadores do SUS para desconstruir práticas racistas na saúde
Treinamento será nos dias 9 e 10, no município de Mazagão; iniciativa fortalece ações antirracistas no atendimento e gestão do Sistema Único de Saúde.

O Governo do Amapá busca conscientizar sobre a necessidade de desconstruir práticas racistas e promover a diversidade e a equidade no campo da saúde. E entre as medidas está a realização do primeiro Curso de Letramento Racial para Servidores do Sistema Único de Saúde (SUS), que inicia na próxima terça-feira, 9, no município de Mazagão.
O treinamento, que é executado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), será das 8h às 12h e segue na quarta-feira, 10, com orientações dos profissionais da Área Técnica de Equidade e Determinantes Sociais, que integra a Coordenadoria de Políticas de Atenção à Saúde.
A capacitação foi planejada com base no "Relatório de Atividades 2023/2024 – Saúde sem Racismo", documento elaborado pelo Ministério da Saúde para monitorar a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. O levantamento aponta que o racismo também se manifesta e é reproduzido no SUS, afetando diretamente o acesso e a qualidade da atenção em saúde.

O curso propõe a discussão sobre estrutura, funcionamento e expressões do racismo, além de apresentar fundamentos e práticas antirracistas voltadas tanto para a assistência direta aos usuários quanto para a gestão em saúde.
De acordo com Pedro Alencar, responsável técnico da área, a formação é voltada a trabalhadores que atuam em unidades de saúde, em funções assistenciais e de gestão de sistemas de informação.
“A saúde é um direito de todos, e o enfrentamento ao racismo estrutural é fundamental para garantir equidade no SUS. Esse curso afirma o lugar necessário da questão racial na formação de trabalhadores da saúde, fortalecendo a compreensão dos processos sociais e das relações raciais que impactam diretamente a saúde da população", destaca Alencar.
Segundo dados do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pretos e pardos representam a maioria da população brasileira. Apesar disso, ainda enfrentam altos índices de preconceito e discriminação racial em diferentes esferas sociais, incluindo o atendimento nos serviços de saúde.
Com a iniciativa, o Governo do Amapá reafirma o compromisso de conscientizar os profissionais da saúde, desconstruir práticas discriminatórias e promover diversidade e equidade no atendimento prestado à população.
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