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PRÉ-COP 30

COP Quilombola da Amazônia avança em debates sobre crise climática e estratégias de atuação rumo à COP-30

Governo do Estado do Amapá promove diálogos sobre racismo ambiental, financiamento climático e defesa dos territórios quilombolas.

Por Lucas Mota
24/09/2025 13h00
Evento traz reflexões sobre os desafios enfrentados pelas comunidades diante das mudanças ambientais

Nesta quarta-feira, 24, a COP Quilombola da Amazônia chega no terceiro dia de programação no Centro de Cultura Negra do Amapá (CCNA), em Macapá. O encontro, realizado pelo Governo do Estado em parceria com a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), segue fortalecendo a participação das comunidades quilombolas na construção da agenda rumo à COP-30, que acontecerá em novembro, em Belém (PA).

Estudantes da Escola Família Agroextrativista do distrito do Carvão, em Mazagão, estiveram presentes neste terceiro dia

A programação desta quarta-feira teve início com a análise do documento base e a apresentação da minuta inicial que reúne as primeiras impressões e propostas das lideranças. Ao longo do dia, os participantes discutem temas como crise climática e seus impactos nos territórios quilombolas, estratégias de comunicação e incidência política, além de grupos de trabalho sobre racismo ambiental, financiamento climático e defesa dos povos afrodescendentes.

O debate sobre “Quilombos e Crise Climática: Impactos e Resistências” ocupa posição central, trazendo reflexões sobre os desafios enfrentados pelas comunidades diante das mudanças ambientais e a importância da resistência coletiva. Outro destaque é o plano de comunicação para a COP-30, conduzido pelo coletivo da CONAQ e pelo Instituto Socioambiental (ISA), que busca fortalecer a divulgação das pautas quilombolas no evento internacional.

Tema do evento debate a titulação das terras quilombolas na Amazônia

Também fazem parte da programação apresentações de entidades como a Malungu, que compartilha experiências de mobilização no Pará, e diálogos sobre o credenciamento e participação das comunidades quilombolas na COP-30, como diz Lailton Rodrigues da coordenação executiva da organização das comunidades quilombolas do estado no Pará.

Lailton Rodrigues, coordenador executivo da Malungu, organização das comunidades quilombolas do estado no Pará

"A gente está aqui na Pré-COP para mostrar os desafios que as comunidades quilombolas enfrentam. Sofremos com as mudanças climáticas, com violações constantes e, principalmente, com a demora na titulação dos nossos territórios. Nossas terras e culturas estão sendo violadas, mesmo com os direitos garantidos pela constituição. É preocupante ver que, mesmo com a COP acontecendo no Pará, nós quilombolas corremos o risco de ficar de fora das mesas de discussão, sem voz e sem credenciais. A Pré-COP é fundamental porque aqui conseguimos reunir lideranças de todo o Brasil para construir um documento único, que é como se fosse o nosso ‘TCC’, onde colocamos nossas reivindicações e mostramos ao mundo a luta e a resistência dos quilombos. Quero agradecer ao Governo do Amapá por abrir esse espaço e garantir que nossas vozes sejam ouvidas", comentou Lailton.

A COP Quilombola da Amazônia segue até a próxima sexta-feira, 26, reunindo representantes de 20 estados brasileiros, além de convidados internacionais da Colômbia e do Peru. A expectativa é que ao final do encontro seja consolidada a Carta do Amapá, documento coletivo que vai expressar os principais pontos de reivindicação e propostas das comunidades quilombolas para a COP-30.

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TAGS: COP30