Com apoio do Governo do Amapá e Iepé, 'Mulheres Extrativistas Sementes do Rio Araguari' lançam protocolo biocultural
A iniciativa reconhece e valoriza saberes tradicionais, além de fortalecer o desenvolvimento sustentável com base na bioeconomia.

Nesta terça-feira, 21, com o apoio do Governo do Amapá e do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), acontece o lançamento do Protocolo Comunitário: Biocultural Mulheres Sementes do Rio Araguari, um marco na valorização dos conhecimentos tradicionais e na defesa dos territórios extrativistas da Amazônia amapaense.
O evento, que conta com a parceria da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), será realizado no Museu Sacaca, em Macapá. A programação vai reunir lideranças comunitárias, pesquisadores, representantes de órgãos públicos e organizações da sociedade civil, promovendo o diálogo entre conhecimento tradicional e científico como ferramenta essencial para a conservação da biodiversidade e o fortalecimento da cultura extrativista.
Para Arlete Pantoja, presidente da Associação Mulheres Extrativistas Sementes do Araguari, o lançamento do protocolo marca um novo momento de fortalecimento e valorização.

“Para nós é um momento muito importante chegarmos até aqui, é o reconhecimento dos saberes e valores de nossos ancestrais. Com muito trabalho e dedicação de cada uma de nós que fazemos parte da Associação, hoje os nossos produtos da floresta estão no mercado”, declarou Arlete.
O protocolo a ser lançado estabelece diretrizes próprias para a gestão dos recursos naturais e reafirma os direitos dessas mulheres sobre seus territórios, traduzindo em linguagem institucional os modos de vida e os saberes que há gerações garantem a preservação da floresta e a continuidade de cadeias produtivas sustentáveis.
“O trabalho valoroso e inovador dessas mulheres demonstram a coragem e uma dedicação gigantesca, são o exemplo de inovação para a geração de renda com a prática de seus conhecimentos tradicionais”, ressaltou Taisa Mendonça, secretária de Estado de Meio Ambiente.

Fruto de um processo coletivo de construção protagonizado por mulheres das comunidades do rio Araguari, o documento reconhece e formaliza práticas tradicionais ligadas à coleta de sementes, frutos e óleos vegetais, como andiroba e pracaxi, atividades que sustentam não apenas a economia local, mas também a identidade cultural dessas populações.
Protagonismo Feminino e Conservação
As Mulheres Extrativistas do Rio Araguari não apenas produzem, elas lideram. Organizadas pela associação, elas têm sido protagonistas em processos de formação, organização comunitária e participação em espaços de decisão sobre o uso dos territórios e recursos naturais.
Por meio de feiras, como a 54ª Expofeira, encontros e projetos de capacitação, elas compartilham suas experiências e fortalecem redes de economia solidária, inspirando outras mulheres da Amazônia amapaense a se organizarem e a assumirem papel de liderança em suas comunidades.

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