COP30: Governo do Amapá participa de painel sobre 'Um só mundo, uma só saúde, impactos climáticos e desafios sanitários globais'
Pesquisadores do Brasil e da França discutem estratégias para enfrentar epidemias e proteger populações vulneráveis na Amazônia
Nesta quarta-feira, 12, durante a programação da COP30, realizada na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, ocorre o painel “Um só mundo, uma só saúde: impactos climáticos e desafios sanitários globais”.
O Governo do Amapá participa do encontro, apresentando experiências práticas de vigilância participativa e ações integradas de prevenção de zoonoses em regiões de fronteira. A presença da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS/AP) reforça o compromisso do Estado com a cooperação internacional e com o fortalecimento de políticas de saúde pública baseadas no conceito de Saúde Única (One Health), alinhadas às diretrizes do Ministério da Saúde e da OPAS/OMS.
Mais do que um encontro técnico, a iniciativa reforça a importância de integrar saberes, territórios e povos para proteger a saúde das populações e preservar o futuro da Amazônia e do planeta.
A superintendente de Vigilância em Saúde do Amapá, Cláudia Pimentel, destacou a integração entre saúde, meio ambiente e clima como eixo estratégico das políticas públicas de vigilância.
“A Amazônia está na linha de frente dos impactos das mudanças climáticas e, por isso, também precisa estar na linha de frente das soluções. Discutir saúde e ambiente de forma integrada é essencial para proteger as populações amazônicas e fortalecer as ações de vigilância e prevenção”, afirmou.
O painel reúne pesquisadores, lideranças comunitárias, representantes de instituições públicas e organismos internacionais, promovendo diálogo e cooperação científica entre Brasil e França. A programação inclui a exibição do filme “Na Fronteira das Epidemias”, que aborda desafios globais e respostas locais com enfoque em Saúde Única, além de debate técnico e a apresentação do jogo interativo “GaroMoustic”, voltado à mobilização cidadã no combate a mosquitos transmissores de arboviroses.
As transformações climáticas, ambientais e sociais têm impactado de forma crescente a saúde das populações. O aumento das temperaturas, eventos extremos e a degradação dos ecossistemas favorecem o surgimento e expansão de doenças como dengue, chikungunya, leishmaniose e raiva. No Brasil, esses efeitos se agravam em territórios vulneráveis — comunidades ribeirinhas, povos da floresta, áreas de fronteira e regiões de desmatamento acelerado —, onde desigualdades sociais ampliam os impactos da crise ambiental.
Durante o debate, Sílvia Maués, doutoranda do Programa VigiFronteiras Brasil/Fiocruz-RJ, representa a SVS/AP e ressalta a importância da cooperação internacional no enfrentamento de emergências sanitárias.
“As epidemias não conhecem fronteiras. A cooperação científica entre países é fundamental para antecipar riscos, desenvolver tecnologias e construir respostas eficazes e inclusivas frente às novas ameaças à saúde global”, destacou.
O evento é promovido pelo Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), com apoio da Embaixada da França no Brasil e do Projeto FEFACCION, além da participação de instituições como CIRAD, CNPq, União Europeia (EU-INOVEC, EU-MOSAIC), LMI Sentinela, VigiFronteiras/Brasil/ENSP/Fiocruz, Instituto Pasteur da Guiana Francesa, ANRS e WINSA Network.
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