Governo do Amapá lança Plano Estadual de Apoio à Sociobioeconomia durante o segundo dia da COP30
Com tecnologia, inovação e respeito aos saberes tradicionais, o projeto baseado na bioeconomia é um modelo econômico que transforma vidas.
O Amapá é um estado exemplo em sustentabilidade e preservação. Em um momento em que o mundo busca soluções urgentes para enfrentar as mudanças, o Governo do Estado dá mais um passo à frente e lançou nesta terça-feira, 11, o Plano Estadual de Apoio à Sociobioeconomia (Peas), no Pavilhão Green Zone da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém.
O instrumento gestor marca o início de uma nova era econômica alicerçada na bioeconomia, no desenvolvimento social, econômico e valorização de saberes tradicionais e iniciativas de inovação que mantém a floresta viva. O governador do Amapá, Clécio Luís, destacou que o objetivo do Peas é fazer com que serviços e ideias cheguem aos consumidores com o maior valor agregado possível.
"Seja em maior ou menor escala, estamos desburocratizando cadeias produtivas e agregando valor à floresta. É nessa aposta que estamos depositando a economia do Amapá, com saberes tradicionais que podem ser uma alternativa econômica" destacou o governador.
O instrumento gestor é uma política pública inovadora que representa um marco para o desenvolvimento sustentável do Amapá, pois é o primeiro do Brasil e o único até o momento a trabalhar as dimensões social e econômica de forma conjunta, preservando direitos e saberes tradicionais com foco na geração de emprego, renda e com soluções que nascem da floresta.
Matriz econômica e bioeconomia
O consultor do Plano, Sérgio Moreira, explica que o projeto entrega um processo de uma matriz econômica inovadora com mercado promissor da bioeconomia.
"O governador Clécio entregou hoje um processo, um caminho permanente de inovação sobre o que se faz atualmente. Nós temos uma base que vem da natureza e dos povos, e o Amapá é uma das maiores sociobiodiversidades do mundo. Queremos que essa economia seja dinâmica e rica, que gere riquezas, empregos, renda e ocupação de uma nova economia de baixo carbono baseada em recursos renováveis, sobretudo, que privilegie principalmente quem vive na floresta", enfatizou Moreira.
Já a secretária de Estado de Meio Ambiente, Taisa Mendonça, ressaltou a riqueza da biodiversidade da Amazônia amapaense e suas cadeias produtivas.
"O potencial do Amapá está na sua rica biodiversidade, com vertentes estratégicas para o desenvolvimento sustentável a base da bioeconomia, sobretudo, o Plano de Sóciobioeconomia norteia caminhos para o crescimento, e melhor qualidade de vida para às pessoas com a geração de emprego e renda", destacou Taisa.
O Plano foi construído a partir de pesquisas, escuta ativa e mapeamento das cadeias produtivas do estado. Neste processo, foram identificadas 11 segmentos com grande potencial econômico, um valioso atrativo para investidores interessados em negócios verdes. Além disso, foram realizadas quatro oficinas participativas e dois workshops.
O Plano de Sociobioeconomia
Instituído por meio de decreto assinado em junho de 2024 pelo governador Clécio Luís, o projeto conta com a participação de 10 órgãos, incluindo secretarias do Governo do Estado, e o apoio da Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force) e do Instituto do Clima e Sociedade (ICS).
O Plano contempla as seguintes cadeias produtivas: açaí, pescado, madeira, castanha do brasil, cacau, mandioca, mel, fruticultura, cosméticos, fármacos fitoterápicos nutraceuticos e turismo de natureza.
O projeto está alicerçado em uma gestão participativa, que envolve instituições públicas e privadas, organizações da sociedade civil e atores sociais diversos, fortalecendo a democracia ambiental com práticas sustentáveis aliadas ao desenvolvimento econômico e social do Amapá, além de preparar o estado para a transição ecológica mundial.
A COP da Amazônia
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) iniciou na segunda-feira, 10, e segue até 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 deve reunir lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para discutir soluções concretas diante da crise climática. A presença robusta do Amapá simboliza o fortalecimento da região no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.
Com cerca de 73,5% de seu território sob proteção ambiental, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas, o Governo do Estado pretende mostrar que é possível unir conservação ambiental, inovação e desenvolvimento social.
A iniciativa é resultado de um esforço conjunto de órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional) e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), que atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos.
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