Festival do Pão promove aprendizado, inclusão e sabor no Centro Educacional Raimundo Nonato, em Macapá
Evento reuniu cerca de 100 alunos em atividades que uniram história, culinária e integração de estudantes com autismo, síndrome de Down e outras deficiências.
O aprendizado ganhou um cheirinho especial de pão no Centro Educacional Raimundo Nonato, localizado no bairro Buritizal, em Macapá. A escola realizou o primeiro Festival do Pão, um projeto que uniu sabor, história e inclusão, envolvendo cerca de 100 alunos em oficinas criativas sobre a origem, o preparo e o valor cultural do alimento mais popular do mundo.
A iniciativa mobilizou crianças, jovens e adultos, desde bebês até idosos, todos atendidos pela instituição. Durante a sexta-feira, 7, o Festival transformou o espaço em uma verdadeira padaria educativa, com direito a oficinas de história, matemática e culinária, sempre com foco no aprendizado lúdico e na vivência prática.
A diretora do centro, Nilzete Mendes, explicou que o projeto nasceu da proposta pedagógica de despertar o aprendizado de forma inclusiva e prazerosa.
“O Festival do Pão busca despertar o aprendizado dos alunos através de temas que envolvem o cotidiano. Eles aprendem sobre a história do pão, os ingredientes, as medidas e o trabalho do padeiro. Tudo isso de forma lúdica, para facilitar o aprendizado, já que são pessoas com deficiência”, destacou a gestora.
Além das oficinas práticas, o projeto envolveu pais, mães parceiros da comunidade e da Panificadora Nossa Senhora de Lourdes, que auxiliaram nas etapas de preparo e também participaram da degustação coletiva. Os alunos aprenderam sobre a importância dos alimentos saudáveis e produziram músicas e poesias sobre o tema.
“Eles conhecem a importância do trabalho do padeiro e valorizam essa profissão. Trabalhamos escrita, matemática e consciência alimentar. O mais bonito é ver o envolvimento deles em cada etapa”, completou Nilzete.
O Centro Educacional Raimundo Nonato atende 565 alunos nos turnos da manhã e da tarde, com turmas que reúnem estudantes com autismo, deficiência intelectual, paralisia cerebral e síndrome de Down. O espaço é referência na educação inclusiva do Amapá e realiza, ao longo do ano, projetos que unem cultura, arte, culinária e integração social.
Para a equipe pedagógica, a experiência reforça um dos valores mais importantes da instituição: a inclusão feita com afeto.
“A inclusão não é trazer a pessoa para o nosso mundo, mas se incluir no mundo dela. É isso que a gente faz aqui todos os dias, com amor e dedicação”, concluiu a diretora.
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