Com lugares disputados, debate sobre justiça climática e inovação tecnológica lota estande do Amapá na COP30
Em um dos encontros mais concorridos do evento, autoridades do Judiciário, representantes da OAB e especialistas da USP discutiram boas práticas, trabalho digno e o uso da Inteligência Artificial como aliada para uma Justiça mais sustentável e acessível.
O miniauditório do estande do Amapá na COP30 ficou lotado na tarde de terça-feira, 12. Com lugares disputados, os debates sobre Justiça Climática e o papel da tecnologia no fortalecimento do Judiciário prenderam a atenção do público e marcaram mais um dia de intensa programação do estado na conferência.
As discussões reuniram nomes como o desembargador Rommel Araújo, do TJAP, e o presidente da OAB-AP, Israel Graça, que compartilharam experiências sobre boas práticas e sustentabilidade na Justiça. Também participaram representantes do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), destacando a importância do trabalho digno em um contexto de justiça climática.
No discurso de abertura, a desembargadora Sulamir Monassa, presidente do TRT-PA/AP, destacou que a contribuição da Justiça do Trabalho é essencial para equilibrar desenvolvimento, preservação ambiental e enfrentamento dos desafios climáticos, além de promover justiça social.
“Nossa missão vai além da resolução de conflitos. Precisamos ter um olhar interpretativo, considerando gênero, o trabalhador e a preservação ambiental. A pessoa que trabalha ao ar livre tem uma realidade diferente de quem trabalha em escritório, e precisamos ter essa visão”, afirmou a desembargadora.
O secretário-geral do TRT8, Rodopeano Neto, ressaltou a importância de debater temas climáticos com quem vive essa realidade na Amazônia:
“Vivemos um momento único discutindo temas que importam para nós, amazônicos. O TRT da 8ª Região, que engloba Pará e Amapá, em parceria com o Governo do Estado do Amapá, apresenta seus programas e ações com foco em justiça social. Temos orgulho de ser reconhecidos pelo CNJ como um tribunal de excelência", destacou.
O engajamento do público evidenciou a boa relação entre os órgãos institucionais do Amapá e o TRT8, refletindo positivamente na projeção do estande durante a COP30.
A desembargadora Selma Leão, membro do colegiado do TRT8, destacou que os temas apresentados despertam grande interesse, pois refletem desafios reais enfrentados atualmente:
“As ações conjuntas do Governo do Amapá, do Tribunal de Justiça e do TRT8 atraíram um grande público ao estande, apresentando painéis com temas relevantes como sustentabilidade, combate ao trabalho infantil e justiça climática. São questões de interesse direto das pessoas”, afirmou a desembargadora do TRT8.
Encerrando o encontro, a professora Ana Carla Bliacherini, da USP, apresentou reflexões sobre como a Inteligência Artificial Generativa pode apoiar magistrados e tornar a distribuição da Justiça mais ágil e acessível.
A COP da Amazônia
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) inicia nesta segunda-feira, 10, e segue até 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30 deve reunir lideranças mundiais, cientistas, representantes de governos, empresas, organizações e sociedade civil para discutir soluções concretas diante da crise climática. A presença robusta do Amapá simboliza o fortalecimento da região no centro das discussões globais sobre sustentabilidade.
Com cerca de 73,5% de seu território sob proteção ambiental, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas, o Governo do Estado pretende mostrar que é possível unir conservação ambiental, inovação e desenvolvimento social.
A iniciativa é resultado de um esforço conjunto de órgãos estaduais, como as fundações de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap) e de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), e as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec), Cultura (Secult), Meio Ambiente (Sema), Planejamento (Seplan), Povos Indígenas (Sepi), Juventude (Sejuv), Educação (Seed), de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Amapá Internacional) e a Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), que atuam de forma integrada na elaboração e apresentação de projetos.
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