Governo apresenta processo de certificação da madeira ao setor moveleiro do Amapá
O procedimento para obtenção do certificado pôde ser conhecido pelos empreendedores do segmento durante o II Seminário internacional Madeira e Mobiliário.
De acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente, Marcelo Creão, que palestrou sobre o tema, a certificação é necessária para o desenvolvimento dos setores madeireiro e moveleiro no Amapá. Na prática, a certificação é o licenciamento ambiental. Segundo o secretário, o documento garante que a matéria-prima foi extraída dentro dos padrões exigidos pela legislação, ou seja, através de um plano de manejo – técnica que evita supressão dos recursos naturais.
Creão também falou do potencial madeireiro da Floresta Estadual do Amapá (Flota). Ele ressaltou que, atualmente, um certame licitatório está em curso para a concessão de exploração 146 mil hectares da Flota. A área tem floresta para gerar até 115 mil metros cúbicos de madeira. O secretário lembrou, ainda, que as concessões florestais constituem atrativo para indústrias moveleiras, principalmente com a Zona Franca Verde (ZFV) – corredor econômico com incentivos fiscais.
Contudo, é necessário tecnologia para que o setor moveleiro amapaense se torne mais competitivo. “Atualmente é raro as lojas de móveis em Macapá comercializarem um produto local. Por isso, a tecnologia é importante para que o Estado não apenas importe os móveis, mas comece a produzir os próprios”, observou o diretor de Atração de Investimentos da Agência Amapá de Desenvolvimento Econômico, José Carlos Molinos, que participou da abertura do evento.
Palestras
Além do secretário Creão, os palestrantes Fabiano Pereira e Alessio Gnaccarini discorreram sobre mercado, tecnologia, inovações e designer para móveis. Eles apresentaram diferentes tipos de tecnologia usados para a fabricação dos produtos, novas espécies de madeira usadas e como desenvolver produtos sustentáveis. Gnaccarini apresentou aos empreendedores amapaenses novos processos de fabricação e instrumentos automatizados que permitem um maior aproveitamento da madeira, com menos desperdício de matéria-prima.
O II Seminário internacional Madeira e Mobiliário foi realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em parceria com instituições públicas e privadas.
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