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Campanha contra trotes vai focar na conscientização de pais durante as férias

Panfletagens ocorrerão nas principais praças e balneários durante o Verão.

Por Redação
05/07/2017 19h06

O Projeto Alôzinho já conseguiu reduzir de 46% para 31% os trotes nas centrais do Ciodes.

No sexto ano de criação, o Projeto Alôzinho vai variar a estratégia de ação. Normalmente voltada para jovens, o foco agora serão os adultos para a conscientização quanto aos prejuízos causados por chamadas com pedidos falsos de socorro, para os números emergenciais de segurança pública.

A coordenação do projeto vai aproveitar a concentração de pessoas na programação oficial de verão nos balneários e principais praças, onde ocorrem os eventos de férias, para fazer panfletagem e alcançar o público-alvo.

De acordo com o gerente do projeto, Lucas Santos, o material didático para a campanha das férias foi elaborado em parceria com as secretarias de Estado da Educação (Seed) e de Comunicação (Secom). “A panfletagem será focada principalmente nos adultos, pois já trabalhamos as orientações com os filhos deles na escola, durante o período letivo. Queremos que os pais reiterem aos filhos o quanto é perigosa essa brincadeira de mau gosto que é um trote”, explicou.

Campanhas educativas

A Lei de Redução de Trotes (1.551/2011), que deu origem ao Projeto Alôzinho, a partir de 2012, completa seis anos em vigor nesta quinta-feira, 6. Desde que entrou em atividade, o programa reduziu significativamente o número de falsos pedidos de socorro para o Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciodes), órgão que sedia a central de chamadas emergenciais na capital.

Para se ter uma ideia da importância do projeto, a média de trotes nos anos anteriores ao funcionamento do Alôzinho era de 46%. Ou seja, quase metade das ligações recebidas pela Central de Emergência do Ciodes eram para denunciar ocorrências inexistentes. Esse percentual médio caiu para 31% logo nos primeiros anos de atuação do projeto.

As ações educativas continuam a surtir efeito. Segundo Lucas Santos, nos últimos três anos, o número de ocorrências falsas caiu para 18%. Contudo, em quantidade absoluta, os números ainda são preocupantes, pois nesse triênio, a média de ligações anuais é de 800 mil chamadas para os contatos de emergência 190, 193, 192 e disque-denúncia atendidos pelo Ciodes. Isto é, a média está em 150 mil trotes, que ocupam as linhas no momento de pedidos verdadeiros de socorro.

“Nós já conseguimos diminuir bastante os danos, mas ainda podemos reduzir mais. Por isso, até no mês das férias vamos continuar com as campanhas”, justificou Santos. Ele também lembra que o trote é crime, previsto nos artigos 266 do Código Penal e 340 da Lei de Contravenção. Ambas preveem detenção que podem variar de 15 dias até 3 anos.

Em âmbito estadual, a falsa comunicação de ocorrência é prevista pela Lei 2.089/2016, de autoria da deputada Maria Góes. A legislação prevê pagamento de multa de até um terço do salário mínimo vigente.

Homenagem

A Lei estadual 1.551/2011 é também conhecida como Lei Patrícia Gonçalves Façanha, uma homenagem à bombeira militar que morreu em serviço aos 24 anos, quando ela e sua equipe foram atender a uma chamada de emergência falsa. O trote, ocorrido em janeiro de 2007, em Macapá, acabou gerando um acidente de trânsito, que ocasionou a morte da sargento Patrícia.

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