Amapá e Pará disputam título do Red Bull BC One Brazil Cypher
O paraense Leony derrotou o amapaense Snoop, na final da seletiva nacional de hip-hop, realizada no AP.
Leony e Snoop deixaram 14 adversários para trás e chegaram à final. O paraense levou a melhor e faturou o tricampeonato
Em tradução literal, b-boy significa garoto que dança break, um estilo de dança de rua que faz parte do movimento hip-hop. No sábado, 29, centenas de pessoas compareceram à Fortaleza de São José de Macapá para prestigiar o evento Red Bull BC One Brazil Cypher, que definiu o melhor b-boy do Brasil, entre 16 competidores de todas as regiões do país, incluindo sete representantes do Amapá.
O vencedor da competição foi o paraense Leony Pinheiro, que disputou o título com Wallyson Araújo, conhecido como Snoop, representante do Amapá. A disputa foi transmitida ao vivo pelas redes sociais e site da empresa organizadora do evento.
Leony, que começou a dançar aos 15 anos e é tricampeão da competição, destacou que a experiência exigiu muito esforço físico e psicológico, uma vez que iria competir fora de casa. Ao conquistar o primeiro lugar, o jovem garante participação na etapa mundial da competição, que acontecerá em novembro, na cidade de Amsterdã, na Holanda, com todas as despesas pagas pela Red Bull, organizadora do evento.
Nascido no Maranhão, o professor de dança Snoop vive no Amapá desde que tinha um ano de idade. Ele se dedicou muito à competição e sabia que tinha potencial para chegar até a final. “Meu objetivo é representar o Amapá na etapa mundial, não foi dessa vez, mas vou continuar tentado, até obter essa conquista e, para mim, chegar até aqui é sim uma vitória. Estou muito feliz”, frisou o b-boy, que é morador do conjunto Macapaba, Zona Norte de Macapá.
Para definir o campeão, os jurados Pelezinho, do time estrelado Red Bull BC One All Stars; Josiel Ramos, b-boy de Macapá; e Arex Montano, b-boy da Colômbia, observaram os critérios de musicalidade, dinamismo, originalidade, performance e presença de palco.
Essa foi a segunda vez que o Amapá sediou o Red Bull BC One Brazil Cypher, contudo, anteriormente, o Estado recebeu uma seletiva regional do evento, com um número menor de participantes. “Agora, tivemos a oportunidade de sediar a etapa nacional e reunimos b-boys de outros estados países. Foi uma chance de mostrar os talentos do Amapá e, ao mesmo tempo, fortalecer o movimento hip-hop no Estado”, destacou um dos organizadores, Carlos Augusto.
A competição recebeu apoio do governo do Estado, que vem incentivando os segmentos culturais de forma cada vez mais intensa. “Nossa gestão sempre procurou valorizar o hip-hop, em suas diversas manifestações. Consideramos uma conquista trazer essa eliminatória para o Amapá, pois é uma chance de fortalecer nossa cultura”, destacou o governador Waldez Góes, que acompanhou a final do Red Bull BC One Brazil Cypher, na Fortaleza. O gestor destacou que o evento também incentiva a economia local, ao gerar emprego e renda.
O gestor da Secretária de Estado da Cultura, Dilson Borges, salientou que a parceria garante o fortalecimento e divulgação do hip-hop do Amapá. “Esse evento é transmitido para vários países, tem um alcance muito grande, o que é muito positivo para o nosso Estado”, ressaltou.
Estrutura
O Red Bull BC One Brazil Cypher ocorreu em um dos cartões postais do Amapá, a Fortaleza de São José. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) impôs algumas limitações para assegurar a preservação do local, como a estipulação do número máximo de 500 pessoas no interior da área e a proibição de qualquer tipo de perfuração nas paredes (horizontal e vertical).
Incentivo ao movimento hip-hop
O b-boy Nelson Videira, 39, acompanhou o evento para assistir a apresentação de amigos que concorriam ao título de melhor b-boy do Brasil. Ele acredita que o hip-hop e a dança em geral podem contribuir de forma positiva para o desenvolvimento dos jovens. “Já estou envolvido com o hip-hop há mais de 25 anos. Na minha vida, houve muitas situações em que eu poderia ter me envolvido com algum crime, mas, graças ao envolvimento com a dança, isso nunca ocorreu”, afirmou.
O autônomo Matheus Marques, 21, é um admirador do movimento hip-hop e também assistiu ao evento. Ele considera fundamental o investimento em cultura, em específico da dança, pois acredita que é uma forma de dar oportunidade a jovens talentosos. “É uma iniciativa muito boa, um investimento em cultura que beneficiará os envolvidos”, concluiu.
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