Médicos do Amapá e Guiana Francesa se reúnem para discutir a saúde na fronteira
Foi a primeira vez que os médicos dos dois Estados estiveram reunidos.
Foram esclarecidas dúvidas sobre os sistemas de saúde dos dois países.
Pela primeira vez os médicos de Oiapoque e de Saint-Georges, na Guiana Francesa estiveram reunidos para discutir os papéis dos dois sistemas de saúde no atendimento da população que vive na fronteira.
O encontro aconteceu na tarde desta terça-feira, 17, na Unidade do Hospital da Guiana, em Saint-Georges. Os médicos tiveram a oportunidade de entender os métodos de tratamento e o que os dois sistemas oferecem como na prevenção e controle para as doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, além das especialidades oferecidas no Hospital Estadual de Oiapoque, que atende casos de baixa e média complexidade na região.
Recentemente o Governo do Estado do Amapá (GEA) reforçou o número de servidores da unidade com a contração de 15 novos profissionais de saúde entre médicos, enfermeiros, biomédicos, técnicos em enfermagem, radiologista, nutricionista e farmacêutico.
Pela primeira vez, ortopedista e anestesistas fazem parte da equipe médica, o que permite o atendimento de traumas e cirúrgico, sem a necessidade de deslocar o paciente até a capital. O hospital conta também com profissionais especializados em exames de imagem (raio-X) e de análises clínicas.
A clínica geral Rosimary Queiroz, que atende no Hospital de Oiapoque, explicou que esse intercâmbio de informações é muito importante para melhor entender e organizar o fluxo de pacientes, quem também conta com pacientes de áreas indígenas e ribeirinhas.
“É importante uma conversa entre os médicos da fronteira porque nós precisamos uns dos outros. Tanto eles como nós precisamos manter contato para que seja feita a transferência dos pacientes de um lado para o outro. Com cada um sabendo o que pode ofertar, não deixaremos os nossos pacientes sem atendimento e não sobrecarregaremos nenhuma das unidades de saúde”, disse.
Também foi debatido o papel das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que são gerenciadas pelo município e tem a responsabilidade de prestar o primeiro atendimento aos pacientes do lado brasileiro da fronteira.
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