Mais de 240 entidades são beneficiadas com o Programa de Aquisição de Alimentos no Amapá
Nesta quarta-feira aconteceu mais uma feira do PAA, no “Projeto Minha Gente”, promovendo o acesso à alimentação saudável e fomentando a agricultura familiar.
Produtos adquiridos direto dos agricultores pelo Governo do Amapá são repassados às instituições cadastradas
Nesta quarta-feira, 18, no projeto “Minha Gente”, Zona Norte de Macapá, aconteceu mais uma feira do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que é realizada simultaneamente em todo o Estado. Por meio do programa, 242 entidades sem fins lucrativos recebem do Governo do Estado do Amapá (GEA) alimentos oriundos da produção de mais de mil agricultores familiares de todo o Estado.
O Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) faz a compra direta da produção e repassa à Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social (Sims), responsável pelo cadastro das entidades sociais e pela doação dos produtos. Esta modalidade é denominada “Compra com Doação Simultânea”, que permite a aquisição de alimentos in natura ou processados, enriquecendo o cardápio dos beneficiários.
Hoje pela manhã, somente para a feira da Zona Norte da capital, o GEA adquiriu cerca de 3,5 mil quilos de produtos diretamente dos agricultores, o que representa mais de R$ 27,9 mil em alimentos. Em Macapá são 25 entidades cadastradas para receber alimentos pelo PAA. À tarde, o momento foi de efetivar a doação dos alimentos, tanto para entidades cadastradas da capital quanto do município vizinho, Santana, onde existem 17 instituições cadastradas.
Vinicius Valente foi quem recebeu os alimentos destinados à Associação Educacional Amor de Mãe, que atua há mais de 8 anos no bairro Remédios II, em Santana. Há três anos a associação está cadastrada no PAA, e distribui os alimentos para aproximadamente de 100 famílias carentes daquela região. Ele contou que, além de entregar os alimentos, ensinam aos beneficiários como manipular e conservar os produtos para que sua durabilidade seja maior, acrescentando que, após cadastrada no PAA, a entidade ganhou mais força para continuar com os trabalhos sociais desenvolvidos.
“A maioria dessas famílias antes consumia muitos produtos industrializados, o que afetava negativamente a sua saúde. Agora, eles têm acesso a alimentos extremamente ricos em nutrientes e saudáveis, o que melhora muito a sua qualidade de vida”, destacou Vinícius.
Aneucir da Silva, técnica de alimentação escolar, trabalha com a manipulação dos alimentos da Escola Municipal de Ensino Infantil Osmarina de Araújo Lima, localizada no bairro Nova Brasília, em Santana. A instituição de ensino atende a cerca de 500 crianças do 1º e 2º períodos, distribuídos na sede e no anexo da unidade escolar. A escola municipal existe há 12 anos, estando há três cadastrada no programa. A técnica falou sobre a importância do benefício para manter a alimentação ofertada aos alunos.
“Estes alimentos são o complemento da nossa merenda escolar. Em alguns casos é até mesmo o alimento principal, como quando fazemos bananada ou mingau com a banana que ganhamos; fazemos salada e sopa com as verduras, servimos a melancia como sobremesa. É uma maneira de garantirmos a alimentação de qualidade e em abundância aos nossos alunos”, frisou Aneucir.
Para ser beneficiada através do PAA, a entidade deve estar devidamente cadastrada no Núcleo de Segurança Alimentar e Nutricional (NSAN) da Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social.
Dentre as entidades que recebem os alimentos estão escolas, associações e abrigos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Comitê Gestor Nacional do PAA, ligado ao Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Os alimentos são distribuídos de acordo com número de beneficiários registrados no cadastro.
A gerente do Núcleo de Segurança Alimentar e Nutricional da Sims, Tandera Pestana, pontua que melancia, banana, mamão, macaxeira, couve, tomate, cheiro verde, alface, dentre outros produtos são entregues às entidades através do programa.
“Buscamos complementar as refeições dos beneficiados, ofertando a eles produtos naturais e de qualidade, plantados em nosso estado e livres de agrotóxicos, garantindo a segurança alimentar de todos e a continuidade do importante trabalho social desenvolvido por estas entidades”, concluiu a gerente.
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