Religiões de matriz africana pedem respeito à fé durante caminhada
Evento ocorrerá no domingo, 21, a partir das 16h com saída da Praça Veiga Cabral em direção ao trapiche Elizer Levy, em Macapá.
Para os organizadores, ainda existe uma imagem equivocada em relação à filosofia das religiões de matriz africana.
Acontece no próximo domingo, 21, a III Caminhada das Bandeiras de Matriz Africana para marcar o Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa. O movimento sairá da Praça Veiga Cabral, em Macapá às 16h, com destino ao trapiche Elizer Levy. Durante o percurso haverá apresentações de grupos de capoeira, marabaixo, hip-hop e congregações religiosas de matriz africana dos municípios de Macapá e Santana. O tema deste ano é “Todos Unidos pela Paz, Respeite a minha Fé”.
Coordenadora do evento, a mãe de santo Nina Souza, explicou que o objetivo é sensibilizar a sociedade para combater a intolerância religiosa. “Embora tenham ocorrido alguns avanços nos últimos anos, o maior desafio ainda é o de esclarecimento. Existe uma imagem totalmente equivocada em relação à filosofia das nossas religiões”, avaliou.
A programação é organizada pelo Instituto Cultural e Educacional Nina Souza (CENS) com apoio do Governo do Amapá, através da Secretaria de Extraordinária dos Povos Afrodescendentes (Seafro) que dará apoio logístico e de mobilização dos participantes. “É dever do Estado incentivar o respeito à diversidade religiosa”, considerou a titular da Seafro, Núbia Souza.
Entre as iniciativas do Poder Executivo para a promoção do respeito à diversidade religiosa está o apoio à 2ª Virada Afro Cultural que registrou um encontro histórico de líderes católicos, evangélicos, umbandistas, budistas e outras religiões, na abertura da programação no fim de dezembro passado.
Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
A data é celebrada em 21 de janeiro e foi instituída em 2007 pela Lei nº 11.635. Ela rememora o falecimento da Iyalorixá Mãe Gilda, do terreiro Axé Abassá de Ogum (BA), vítima de intolerância por ser praticante de religião de matriz africana. A sacerdotisa foi acusada de charlatanismo, teve a casa atacada e pessoas da comunidade foram agredidas. Mãe Gilda faleceu no dia 21 de janeiro de 2000, vítima de infarto.
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