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Dia Internacional da Parteira celebra trabalho que salva vidas

Roda de conversa no Museu Sacaca reuniu experiências sobre parto humanizado. Participaram do evento, parteiras e acadêmicos de enfermagem.

Por Redação
05/05/2018 18h15

Parteiras contribuem com o “milagre da vida” e com o bem-estar de mulheres e crianças

No dia 5 de maio é comemorado o Dia Internacional da Parteira, profissional que contribui para o “milagre da vida” e do bem-estar de mulheres e crianças no mundo inteiro. Para celebrar a data, o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) promoveu, no Museu Sacaca, uma roda de conversa com a participação de parteiras indígenas, quilombolas, ribeirinhas e técnicas da saúde, especializadas na área de parto humanizado.

Com 202 partos realizados, em pouco mais de 20 anos de experiência, a parteira Maria Raimunda Queiroz, 67 anos, falou com orgulho sobre o trabalho que, segundo ela, salva vida. “Temos grande responsabilidade com a vida das crianças e de suas mães. Esse conhecimento foi um dom que recebemos de Deus para cuidar dessas pessoas”, falou emocionada.

Outra que tem orgulho do trabalho é a parteira Rosalina Cordeiro, 85 anos, que já realizou 20 partos na região ribeirinha do município de Porto Grande. “Eu não tenho estudo, mas fui presenteada com esse conhecimento, me permitindo ajudar todas essas mulheres a conceberem seus filhos com saúde”, descreveu.

As parteiras tradicionais são referências e figuras de liderança nas comunidades em que vivem. São prestadoras de diversas ações sociais e culturais em suas localidades. Em geral, passam por elas trabalhos de parto humanizado. As parteiras também atuam como agentes de saúde e chegam, até mesmo, a serem mediadoras de conflitos. “Essas mulheres fazem parte da nossa história e não poderíamos deixar de homenageá-las”, frisou a coordenadora do Núcleo Pedagógico do Museu Sacaca, Deuzete Moreira.

Parto humanizado

Durante a roda de conversa, o primeiro assunto discutido foi a realização do parto humanizado, aquele em que as decisões da mulher são levadas muito mais em conta do que em um parto convencional. Isso significa deixar a natureza fazer o seu trabalho, realizar um mínimo de intervenções médicas e apenas as autorizadas pela gestante – sempre levando em consideração a segurança e saúde dela e do bebê. Para isso acontecer, é preciso que ambos estejam bem e saudáveis, sem nada que exija cuidados extras.

A enfermeira obstétrica e parteira domiciliar, Luiza Picanço Nunes, explicou que o principal objetivo do parto humanizado é fazer com que mãe se sinta bem à vontade, e aproveite o momento do parto. “Não importa se ele ocorre na cama, na água, em casa, no hospital. Em um parto humanizado, a ação é toda da mulher, que segue o processo fisiológico do parto. A gente fica ali apenas para preparar esse processo e prestar assistência à mãe”, explicou.

Grávida de cinco meses, Alice Nunes, 31 anos, acompanhou a roda de conversa para conhecer um pouco mais sobre parto humanizado e sore o trabalho realizado pelas parteiras. “Desde que fiquei grávida, tive interesse em conhecer esse método. Além disso, aproveito para conversar com as parteiras tradicionais, pedir dicas de remédios medicinais e de como me preparar para o parto”, ressaltou.

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