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Governo socializa achados arqueológicos com população remanescente de quilombolas

Exposição “Arqueologia sob nossos pés: Conhecendo o Patrimônio Arqueológico do Nosso Estado” ocorre durante dois dias em escola no Curiaú.

Por Redação
25/06/2018 17h23

Material exposto foi encontrado em 2010, na comunidade, com a ajuda de moradores da região

O Quilombo do Curiaú está recebendo a exposição “Arqueologia sob nossos pés: Conhecendo o Patrimônio Arqueológico do Nosso Estado”. A mostra leva de volta à comunidade, o material arqueológico proveniente de escavações que ocorreram entre 2011 e 2014, como forma de retorno e socialização das pesquisas desenvolvidas sobre a antiga ocupação da região. A exposição segue até esta terça-feira, 25, na Escola Estadual José Bonifácio.

O material exposto foi encontrado em 2010 quando um morador local encontrou restos mortais em um ramal próximo da área. O caso chegou ao conhecimento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Com a observação, logo foram percebidos outros vestígios arqueológicos na região.

"Com essas peças montamos uma pequena exposição com os materiais mais representativos, uma forma de dar um retorno com informações da história da área de ocupação no próprio território. A exposição remete, ainda, a uma proximidade entre tradições materiais que, literalmente, é uma das bases do Brasil", ressalta o arqueólogo João Saldanha.

De acordo Saldanha, os materiais têm a média de mil anos de existência. O terreno é considerado um dos mais importantes para entender a história do Amapá através da arqueologia. “As urnas em cerâmica guardam restos mortais humanos e de caça e bancos que podem pertencer à etnia Palikur. A datação do achado arqueológico é de mil anos d.C., quando o grupo viveu na área por cerca de 300 anos”, explicou.

O material também indica que o local servia como ponto de troca de mercadorias entre os indígenas de outros lugares como Tapajós e Marajó, no Pará, e escudo das Guianas.

Moradora do Curiaú, a professora Elisabeth Ramos reconheceu a importância da comunidade poder conhecer o contexto histórico das peças arqueológicas encontradas na região. “Essas peças fazem parte da história do Curiaú, e os moradores participaram desse processo. Por isso é importante recebê-las de volta nessa exposição, em que a gente pode conhecer um pouco mais sobre essa história”, ressaltou.

Sítio Arqueológico

O Amapá reúne uma grande quantidade de sítios arqueológicos. Esses sítios, muitas vezes, são identificados por moradores que vivem no entorno, como aconteceu em 2010, no Curiaú Mirim, localidade que fica no Quilombo do Curiaú. Na costa do Amapá, entre os municípios de Macapá e Santana, distantes 18 quilômetros, existe uma grande quantidade de sítios arqueológicos, com depósitos de urnas funerárias.

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