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Cooperação binacional estabelece protocolo de urgência e emergência no Oiapoque

Protocolo foi elaborado durante a Semana de Saúde na Fronteira para regulamentar a comunicação médica e o transporte de pacientes.

Por Redação
30/06/2018 20h57

As definições do protocolo surgiram a partir das dificuldades de acesso entre os dois lados da fronteira

O Governo do Amapá e a Guiana Francesa estabeleceram um protocolo para o atendimento de urgência e emergência na fronteira. Ele foi elaborado durante a Semana de Saúde na Fronteira, que ocorreu de 25 a 29 de junho nas cidades de Oiapoque e Saint Georges. As definições do protocolo surgiram a partir das dificuldades de acesso entre os dois lados da fronteira que torna os atendimentos de saúde demorado e burocrático. Com a regulamentação, a equipe médica do Hospital Estadual de Oiapoque e o Centro de Saúde de Saint Georges, definiram as competências de cada país dentro de suas legislações vigentes.

Entre as competências está a abertura de uma linha telefônica disponível 24 horas para chamadas nacionais e internacionais, para facilitar a comunicação entre os médicos; o transporte e o atendimento de urgência e emergência de pacientes na fronteira.

A diretora do Hospital de Oiapoque, Liziane Souza, disse que as principais dificuldades dizem respeito à demora no translado dos pacientes que precisam ser atendidos, urgentemente. Para serem encaminhados para Guiana Francesa, o 7º Grupamento Bombeiro Militar (GBM) de Oiapoque precisa entrar em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Macapá, para tomar as providências de remoção do paciente até a Ponte Binacional. De lá, o passageiro troca de veículo e segue viagem até o Centro Hospitalar Andrée Rosemon, em Caiena, capital da Guiana Francesa.

“Durante esse translado, há sérios riscos de o paciente agravar o quadro clínico. Então, no protocolo, elaboramos um plano de ação em que a equipe de médicos fará a estabilização do paciente na unidade onde foi recebido e, posteriormente, ele será encaminhado para os hospitais que ficam na fronteira, observadas as necessidades desse paciente”, explica Liziane Souza.

O responsável pela Cooperação Técnica em Saúde com o Brasil, da Agencia Regional de Saúde, Benoit Van Gastel, afirma que o protocolo é um grande avanço das práticas de cooperação do município, pois facilita o acesso e a comunicação entre a equipe de profissionais que atuam na fronteira. “Com a instalação da linha telefônica, a equipe médica poderá trocar informações mais rapidamente e, assim, o paciente poderá ser atendido com qualidade”, declara.

A presidente do Comitê Gestor Estadual Saúde na Fronteira, Núbia Fernandes, ressalta que no Hospital Estadual de Oiapoque, há um grande fluxo de atendimento de estrangeiros que não é contabilizado pelo Ministério da Saúde no repasse financeiro ao Governo do Amapá.

“Durante a Semana de Saúde na Fronteira, saímos do campo da teoria e conseguimos avançar para a prática. Nossa missão foi escrever o protocolo estabelecendo o fluxo que tornará mais célere o atendimento aos pacientes, além da pactuação para desenvolver ações permanentes, tal como o calendário de ações de vigilância em saúde na fronteira que foi discutido na programação”, esclareceu Núbia Fernandes.

Todos as deliberações do protocolo foram regulamentadas durante reuniões e oficinas da Semana de Saúde na Fronteira, que iniciou na segunda-feira, 25, e encerrou na sexta-feira, 29, com a instituição do referido documento. Ele deve ser assinado ainda no mês de julho com a presença das autoridades do Amapá, Oiapoque e Guiana Francesa.

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