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Encontro nacional discute ações para combate do Aedes aegypti

Palestras sobre vigilância em saúde, monitoramento, sistemas de informação e guia para o manejo e combate às doenças foram os pontos importantes do evento.

Por Redação
25/11/2015 09h49
Ampliar a conscientização para evitar a proliferação do Aedes aegypti foi o principal ponto de discussão durante a reunião de avaliação das atividades de controle de prevenção da dengue, chikungunya e zika vírus. O encontro, de iniciativa do Ministério da Saúde (MS), aconteceu em Brasília, entre os dias 24 e 25 de novembro, e reuniu representantes das secretarias de saúde estaduais de todo o Brasil.

Aos participantes foram apresentados dados atualizados do Levantamento Rápido de Índice Aedes aegypti (LIRAa), além da campanha de mobilização para 2016. Palestras sobre vigilância em saúde, monitoramento, sistemas de informação e guia para o manejo e combate às doenças foram os pontos importantes do evento.

Conforme dados do LIRAa, 199 municípios brasileiros estão em situação de alto risco para surto das três doenças, considerando que mais de 4% das casas visitadas nestas cidades continham larvas de mosquitos. O LIRAa é uma pesquisa de amostragem, realizada pelos agentes de endemias, nas residências, para identificar o índice de infestação do mosquito. É através dele que as ações de combate são direcionadas.

Outra preocupação do Ministério da Saúde é com o aumento de casos de microcefalia - doença em que os bebês nascem com a circunferência do crânio menor que o normal, o que compromete o desenvolvimento do cérebro. Pesquisas feitas, sugerem uma associação da doença ao surto do Zika vírus. Até o momento, foram notificados 722 casos suspeitos de microcefalia em 18 estados da federação, a maior incidência é na região nordeste.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, reiterou que o problema deve ser encarado com gravidade, mas que medidas emergenciais também estão sendo desencadeadas. “O objetivo prioritário é o controle da infestação do Aedes. Mas, é importante o engajamento e a mudança de pensamento da população. Se a sociedade estiver comprometida nas ações contra o mosquito, iremos vencer esta luta”, disse o ministro.

Devido à situação, considerada inédita, o Ministério da Saúde tem estudado algumas tecnologias para combater o aumento dos casos das doenças, entre elas, a criação de uma vacina contra a dengue. Também foi exposto como alternativa a utilização de mosquitos transgênicos – que são incapazes de transmitir os vírus. Além de medidas simples como o uso do repelente e telagem das casas para impedir a entrada dos mosquitos.

Em relação ao Amapá, o coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental do Estado, Emanuel Bentes, que participou da reunião de avaliação, informou que até o momento não existe registro de casos do Zika vírus no Estado do Amapá.

No entanto, o fluxo migratório de pessoas para os estados do nordeste é um fator preocupante, principalmente com a chegada das férias. “Estamos alerta para a situação, o que nos leva a fortalecer o sistema de vigilância das doenças, assim como, estimular os municípios a intensificarem as ações de controle integrado ao vetor Aedes aegypti e promover investimentos em ações de mobilização social e educação em saúde”, concluiu Bentes.

 

Campanha Nacional de Combate ao Aedes aegypti

Com o slogan “Se o mosquito da dengue pode matar, ele não pode nascer”, o Ministério da Saúde pretende mobilizar o maior número de pessoas e alertar para as condições ideais de proliferação do mosquito.

No próximo sábado, 28, acontece o Dia "D" de Combate à Dengue, e o lema “Sábado da faxina – não dê folga ao mosquito da dengue” estimula a eliminar objetos que possam acumular água.

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