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Estado garante energia 24h para o Maracá e comunidade desinterdita BR-156

Além da energia elétrica, outras reivindicações da comunidade serão encaminhadas

Por Redação
11/11/2015 15h30
O Governo do Estado garantiu o fornecimento ininterrupto de óleo diesel para geração de energia elétrica às comunidades do assentamento do Maracá, a 130 km de Macapá, e conseguiu a desinterdição da BR-156, que há dois dias era bloqueada pelos moradores do local.

Entre outras reivindicações, eles protestavam contra a falta de óleo diesel para o funcionamento dos geradores de energia. Sem o combustível, as máquinas teriam parado por três dias somente neste mês de novembro, segundo o líder comunitário Antônio Carlos Pereira.

Desde o domingo, 8, os manifestantes impediram a passagem de veículos na rodovia federal nas imediações da Vila Maracá, a principal das 36 comunidades do assentamento e uma das 17 beneficiadas com a energia termoelétrica. O ponto de interdição foi a ponte sobre o Rio Maracá, que foi tomada por manifestantes em períodos de 12 em 12 horas.

Na terça-feira, 10, iniciaram-se as tratativas, quando uma comissão do movimento foi recebida, em Macapá, no Setentrião, por gestores de Estado. Já na manhã desta quarta-feira, 11, uma comitiva composta por representantes do governo, do Ministério Público Estadual, da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), se deslocou até a vila.

Após ouvir a todas as reivindicações, a secretária-adjunta de Assistência Social, Patrícia Silva, oficializou um termo de compromisso para a entrega do combustível aos geradores. A assinatura do documento foi suficiente para que os moradores desinterditassem a via.

A secretária explicou que o abastecimento é feito por uma empresa contratada pela CEA, com recursos repassados pelo Executivo por meio de um convênio. O valor é de R$ 35 mil mensais. Patrícia Silva garantiu que, este ano, nenhum repasse deixou de ser feito.

Durante o encontro, foi formada uma força-tarefa, que será composta por membros da CEA, da Defesa Civil estadual e da comunidade, para fiscalizar a compra e a distribuição do combustível. O convênio com a companhia de eletricidade é valido até dezembro. Depois disso, o suprimento passará a ser feito diretamente entre a Secretaria de Inclusão e Mobilização Social (SIMS) e a comunidade. “Estamos com um certame licitatório em andamento. A partir de janeiro já teremos contratado um fornecedor”, informou Patrícia Silva.

O governo e a CEA garantiram uma cota extra de 30 mil litros de diesel para este mês de novembro, em que o consumo foi acima da média. Em razão desse uso, considerado excessivo, foram recomendadas aos moradores medidas de economia de energia.

“Nós vamos enviar uma equipe técnica à região para fazer alguns testes com o intuito de verificar se há perdas no processo de distribuição da energia. Paralelo a isso é preciso que os moradores tenham um consumo mais racional, substituindo alguns aparelhos, como fornos elétricos, manter lâmpadas desligadas durante o dia, entre outras medidas”, reforçou Cleber Monteiro, da diretoria de operações da CEA.

Além da energia elétrica, outras reivindicações da comunidade serão encaminhadas. Em razão dessas demandas, relacionadas à educação, segurança pública, regularização fundiária, entre outras necessidades, a Secretaria de Assistência Social anunciou que vai articular o agendamento de uma audiência pública na comunidade.

“Quando estivemos em Macapá, na terça-feira, conversei por telefone com o governador Waldez Góes e ele me garantiu que enviaria uma comitiva para demandar as nossas reivindicações. Ele cumpriu com a palavra. Estamos satisfeitos”, avaliou Carlos Alberto. Segundo ele, a região do Maracá, que possui 569 mil hectares de área e pertence ao município de Mazagão, chega a usar 1,3 mil litros de diesel por dia para gerar a energia elétrica consumida.

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