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Intercâmbio foca na qualidade do rebanho bovino e bubalino amapaense

O intercâmbio durou cinco dias e aconteceu na sede da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias, em Macapá, finalizado nesta sexta-feira, 19.

Por Redação
20/05/2016 11h30
Profissionais da Agência de Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) e da defesa sanitária do Maranhão (MA) participaram de um intercâmbio com o objetivo de elevar a qualidade do rebanho bovino e bubalino do Estado.

Fiscais e técnicos Diagro conheceram a linha de ação que elevou o status do rebanho maranhense à condição de “livre de febre aftosa com vacinação” – classificação sanitária que permite a exportação de carne e outros produtos derivados da pecuária. O intercâmbio durou cinco dias e aconteceu na sede da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), em Macapá, finalizado nesta sexta-feira, 19.

Um dos instrutores do curso, Aimoré Fernandes, que é o coordenador de defesa animal da Agência de Inspeção Agropecuária do Estado do Maranhão (AGED), explicou que a troca de experiências foi exitosa. Ele disse que a melhoria no status maranhense aconteceu em apenas 12 anos de trabalho.

No passado, o Maranhão fez as primeiras exportações. As relações comerciais foram com a Venezuela. Já este ano, foi inaugurada a primeira fazenda de exportação de gado – que, para a defesa animal, é um Estabelecimento de Pré-Exportação (EPE), que exige algumas condições de funcionamento para receber esta classificação. Neste primeiro semestre de 2016, o mercado internacional abriu ainda mais as portas para a proteína animal maranhense, com a exportação de 15 mil cabeças para o Líbano.

 

Exportações

Segundo Aimoré, os clientes internacionais compram diretamente dos criadores, o que evita a figura do atravessador, cuja intervenção encarece o produto até à mesa do consumidor final. Aimoré ressaltou que as exportações tornaram os preços internos mais competitivos.

Para ele, conseguir um status de livre de aftosa significa aumento e melhoria de toda a cadeia produtiva da carne, com mais frigoríficos, empresas de laticínios, mais produtores, além de trazer maior movimentação econômica no agronegócio, uma vez que a atividade pecuária também movimenta a produção de grãos. “Todos esses benefícios trazem retorno de forma geral para o Estado, já que a administração pública tem retorno em cima dessas transações comerciais com os tributos”, explicou o instrutor.

 

Esforços

Aimoré afirmou que para o Amapá atingir o mesmo patamar, é necessário uma somatória de esforços por parte dos órgãos públicos envolvidos na defesa animal, que precisam ter uma estrutura com pessoas qualificadas. “Também é fundamental que estejam cadastradas todas as propriedades, mapeados os pontos de risco de introdução de enfermidades, todos os eventos agropecuários, o sistema agroprodutivo e estabelecer casas de vacinas”, orientou.

A coordenadora de defesa animal da Diagro, Andréia Silva, afirmou que ainda este ano é possível que o Amapá mude para a classificação de “médio risco”. O projeto é chegar à classificação de “área livre com vacinação” no primeiro semestre de 2017. Segundo ela, após a capacitação, a Diagro vai fazer um diagnóstico para identificar os focos das ações.

 “Lá [no Maranhão] eles conseguiram envolver toda a estrutura do Estado numa política de defesa animal, e também a descentralização efetiva, com os escritórios regionais. Se fizermos o mesmo aqui no Amapá, vamos avançar rápido”, adiantou.

Atualmente o rebanho amapaense é de 300 mil cabeças, entre bovinos e bubalinos. Apesar do Amapá não registrar nenhum caso de aftosa há vários anos, o status de alto risco com vacinação limita as relações comerciais à apenas o consumo interno – diferente dos vizinhos Pará e Maranhão, que já ultrapassaram as fronteiras do país e chegaram até os mercados internacionais.

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