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CULTURA

Carnaval do Povo celebra os 266 anos de Macapá com animação de Carlinhos Brown, na Praça da Bandeira

Terceiro domingo do evento também trouxe nostalgia, com a Banda Placa, e programação infantil do Grupo Chocolate com Pipoca.

Por Eduardo Belfort
05/02/2024 10h02

Na Praça da Bandeira, o Carnaval do Povo reuniu desde os mais novos até os nostálgicos

Em homenagem aos 266 anos de Macapá, o cantor e compositor Carlinhos Brown, a Banda Placa e o Grupo Chocolate com Pipoca agitaram o público na terceira edição do Carnaval do Povo, no domingo, 4, na Praça da Bandeira. O artista baiano escolheu a música ‘Carnávalia’ para abrir a apresentação.

FOTOS: Carlinhos Brown agita o público do Carnaval do Povo nos 266 de Macapá

A canção retrata a beleza da maior festa popular brasileira, com os versos ‘Vem pra minha ala que hoje a nossa escola vai desfilar / Vem fazer história que hoje é dia de glória nesse lugar!". Brown embalou o público em hits como "Muito Obrigado, Axé", da cantora Ivete Sangalo, "Já Sei Namorar’, dos Tribalistas, e "A Namorada", de seu álbum "Alfagamabetizado".

"266 anos de Macapá! Olhem que mistura mais linda, gente! Aqui podemos ver todos os tipos de pessoas de todas as idades. Isso aqui é Carnaval do Povo, isso aqui é história e cultura!”, vibrou o baiano extremamente emocionado.

O artista baiano fez o público cantar e balançar as mãos de um lado para o outro ao som de ‘Não Quero Dinheiro (Só Quero Amar)’, do atemporal Tim Maia. Os versos ‘De jeito maneira, não quero dinheiro, quero amor sincero, isto é que eu espero’, eram ouvidos e ecoavam por toda a Praça da Bandeira em um coro uníssono. A canção ‘Tempos Modernos’, do artista Lulu Santos, e ‘Água Mineral’, do próprio multi-instrumentista, também foram alguns dos destaques da noite.

Brown também convidou a artista Ariel Moura para subir ao palco e fazer um dueto de ‘Cheiro de Amor’, e em seguida, improvisaram ‘Bola de Sabão’, de Cláudia Leitte, cantando de modo acústico, com o público.

O Carnaval do Povo retorna após 29 anos, e é organizado pela Liga Independente dos Blocos Carnavalescos do Amapá (Liba), com apoio do Governo do Estado. Repleta de emoção e história, a programação reuniu desde os mais novos, para celebrar a infância com o Grupo Chocolate com Pipoca, até os nostálgicos, para cantar clássicos consagrados da cultura popular com a Banda Placa e Carlinhos Brown.

A festividade terá sua última edição da temporada no domingo, 11, e é um dos eventos que marca os 80 anos de Amapá, uma programação criada para marcar a história e a cultura construída ao longo de oito décadas, desde que a região foi desmembrada do Pará e tornou-se um território, com suas características próprias.

A técnica em contabilidade Alexandra Pereira, de 43 anos, conta que uma de suas maiores expectativas da noite era o show do baiano e que aproveitou o final de semana para sair com as amigas.

"Isso aqui é histórico! O carnaval na Praça da Bandeira sempre foi tradicional, e poder ter essa comemoração de volta, vir com pessoas queridas e prestigiar esse artista sensacional, não tem preço. Com certeza eu venho em outras edições”, vibrou Alexandra.  

Banda Placa e a nostalgia

A Banda Placa trouxe toda a animação para os interessados em reviver clássicos carnavalescos das décadas de 80 e 90. O show foi marcado pelo encontro de gerações entre pais, que acompanharam edições anteriores, em outras décadas, e filhos, que conheceram a festa pela primeira vez.

Em meio à agitação e alegria do público, era possível notar olhares nostálgicos durante marchinhas históricas, como ‘Coração Corinthiano’, e músicas que respiram brasilidades, como ‘Cidade Maravilhosa’.

Para um dos fundadores da Banda Placa, Carlos Augusto Gomes, conhecido como “Carlitão”, o momento resgata uma festa que traz momentos de alegria e lazer para quem quiser participar. 

"O Carnaval do Povo sempre foi um projeto de inclusão, um evento que surgiu para trazer alegria e música gratuita para a Praça e acolheu a todos. Então, venham para a Praça da Bandeira, venham aproveitar, pois isso aqui é cultura e história; a nossa história!”, conta Carlitão emocionado.

Sucessos e clássicos, como ‘Milla’, do artista Netinho, foram cantados em ritmo acelerado para não deixar ninguém parado. ‘Vendo estrelas caindo, vendo a noite passar, eu e você na Ilha do Sol’, era dançado pelos foliões com alegria e grandes sorrisos. A banda também emplacou músicas históricas amapaenses, como ‘Sacode a Saia, Morena’, hino do marabaixo, e ‘Rosa Branca Açucena’.

Chocolate com Pipoca

O grupo Chocolate com Pipoca não deixou nenhuma criança ou adulto ficar parado, com atividades recreativas, misturando bons ensinamentos com marchinhas e a diversão do carnaval.

Para a professora Carla Andressa, de 36 anos, o momento foi muito significativo para ela e seus filhos, pois assim, poderiam ter um final de semana em família.

“Nossa, ter um momento tão divertido com meus filhos, é tudo para uma mãe. O Carnaval do Povo marcou uma época, e reviver esse sentimento de diversão e pertencimento com minha família e amigos é incrível, me deixa muito feliz”, conta Carla. 

Resgate histórico

O Carnaval do Povo surgiu em 1984, um ano após a criação da Banda Placa Luminosa, uma iniciativa dos músicos Álvaro Gomes e Carlos Augusto. A festividade tornou-se uma ferramenta inovadora, que manteve a tradição original das manifestações carnavalescas de outros centros do país. 

Ocupando tradicionalmente a Praça da Bandeira, com o tempo, o Carnaval do Povo se consolidou como uma festividade acessível para a população.

 

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