Do caroço de açaí ao cipó, público se encanta com Feira Sustentável durante os 'Encontros Amazônicos Pré-COP30', no Amapá
Programação em parceira com o Governo do Estado, reúne povos tradicionais, pesquisadores e sociedade civil para debater o protagonismo da Amazônia rumo ao desenvolvimento sustentável.
Feira Sustentável reúne artesanato indígena e quilombola, além de empreendimentos que levam o Selo Amapá.O Governo do Amapá é parceiro dos “Encontros Amazônicos Pré-COP30”, que está sendo realizado no Museu Sacaca, em Macapá, até sexta-feira, 13. A programação envolve debates sobre o protagonismo da Amazônia e como se chegar a uma transição justa para o desenvolvimento sustentável. Durante o evento, os participantes podem conhecer os produtos da floresta na "Feira Sustentável", que reúne artesanato indígena e quilombola, além de empreendimentos que levam o Selo Amapá.
A feira traz peças de artesanato produzidas a partir de matéria-prima da floresta como sementes, caroços, folhas, penas, cipós e outros elementos. É possível encontrar ainda startups e produtos certificados totalmente sustentáveis. Uma das empresas com o Selo Amapá é a Sumano Ingredientes, que produz farinha fina a partir da castanha da Amazônia, banana verde, pupunha e outros elementos. O material serve para substituir o trigo em diversas receitas.
Hyrla Pereira, CEO da empresa Sumano Ingredientes“Nosso segmento é de produtos naturais e alimentos saudáveis, usando sempre a produção local de frutos, amêndoas e tubérculos na fabricação de farinhas funcionais. Com esses eventos nacionais e internacionais que o Governo do Estado está trazendo para o Amapá, pretendemos mostrar e expandir o nosso trabalho, sempre nos baseando no desenvolvimento sustentável”, destacou a CEO da empresa, Hyrlla Pereira.
A Feira também apresenta produtos de biojoias confeccionadas por indígenas de Oiapoque, que tem como material principal caroços de açaí e fios de cipó, algo totalmente sustentável e provenientes de dentro da floresta amazônica. A indígena Maria Zane, da etnia Galibi Marworno, veio da comunidade indígena Kumarumã para apresentar as peças.
Maria Zane, indígena da comunidade Kumarumã“Trabalhamos com biojoias e essas peças vem direto da nossa aldeia. Aqui apresentamos cordões e pulseiras com desenhos e gravuras de nossa etnia. Toda exposição para nós é muito bom e nos ensina a empreender com os nossos próprios produtos”, contou a indígena.
Com a parte empreendedora sendo destaque com a produção sustentável e materiais oriundos da floresta, a programação apresenta ainda mesas redondas sobre o protagonismo da Amazônia. O resultado das discussões será transformado em um documento que será apresentado aos líderes mundiais da COP30, em Belém, no Pará, em 2025.
"O desenvolvimento sustentável começa a partir do conhecimento dos povos da floresta e aqui temos uma feira que mostra tudo isso. Agora vamos iniciar uma discussão forte sobre a valorização da natureza e dos povos que nela moram”, disse o coordenador local do evento e diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap), Gutemberg Silva.
Toda a programação inclui a experiência do Amapá com os modelos econômicos da bioeconomia, a demarcação de áreas indígenas, negócios verdes, Zoneamento Ecológico-Econômico e novo código ambiental modernizado.
Os encontros recebem ainda as delegações da França, Colômbia, Suriname e território da Guiana Francesa, para colaborar com discussões sobre as demandas ambientais e sociais da região amazônica.
Programação segue até sexta-feira, 13, no Museu Sacaca, em Macapá
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