Restauro da Fortaleza de São José de Macapá avança e obras emergenciais seguem para intervenções de drenagem
Restaurações do madeiramento, troca de telhados, aplicação de subcobertura metálica, poda de arbustos e restauração das rampas, devem ser concluídas em fevereiro.
As obras de restauração e revitalização da Fortaleza de São José de Macapá seguem avançando em áreas que necessitam reparos emergenciais, como a troca de telhados, aplicação de subcobertura metálica de alta durabilidade para proteção dos forros, poda de arbustos, restauração de rampas de acesso e recuperação das estruturas de madeira.
Os serviços desta primeira etapa seguem em ritmo acelerado e devem ser concluídos em fevereiro. No local também estão sendo postas canaletas perimetrais e drenos purgadores, dispositivos de drenagem instalados nos telhados para auxiliar nos escoamentos de água, evitando acúmulo que pode causar infiltrações e sobrecarga na estrutura.
Além disso, são feitos os reparos nas quatro rampas que levam aos baluartes do edifício, como o rejuntamento da pavimentação, ajustes nas laterais com a troca de rejuntes e poda dos arbustos. O projeto, executado pela APPA – Cultura & Patrimônio com previsão de conclusão para 2 anos, busca ampliar o uso turístico da Fortaleza.
O engenheiro coordenador técnico da obra, Marcio Joppert, explicou que o processo de restauração é feito com extrema cautela para não descaracterizar o monumento.
“Estamos lavando as telhas originais, as que estão em bom estado iremos utilizar. Houve uma importação de telhas, a gente conseguiu uma molaria que tentou reproduzir de forma parecida as bicas das telhas, e como capa estamos usando o mesmo tecido que encontramos para manter esse padrão cromático da Fortaleza que todo mundo conhece, privilegiando as mais amarelas, mescladas, as avermelhadas”, destacou Marcio Joppert, engenheiro coordenador técnico da Construpower, empresa contratada pela APPA.
O monumento histórico, uma obra arquitetônica secular símbolo do Amapá, passa por restauro desde agosto de 2024, em uma parceria entre os Governos do Estado e Federal. Orçada em R$ 44 milhões e aprovada na Lei Rouanet do Ministério da Cultura, a restauração recebeu o aporte inicial de R$ 27 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com uma contrapartida de R$ 5 milhões do Tesouro Estadual. A ação integra o Plano de Governo da gestão de valorização dos espaços históricos e culturais.
Na administração da Fortaleza, a chefe de unidade responsável pela preservação do patrimônio histórico, turismóloga Analene Nogueira, também evidenciou sobre o compromisso e responsabilidade do Governo do Estado em acompanhar este processo.
“Há mais de 20 anos a Fortaleza não recebia esses reparos, por isso, são serviços feitos com toda cautela. Por exemplo, quando foi retirado alguns assoalhos de madeira, viram que por baixo era bastante fundo, tivemos que comunicar o Iphan e foi solicitado o acompanhamento de arqueólogos, para averiguar se não teria algum artefato, que inclusive já foi achado durante esse restauro. Então, é todo um acompanhamento que o Governo do Estado solicita que seja feito nesse processo tão importante da nossa história”, explicou Analene Nogueira.
Fortaleza de São José
O monumento está entre as fortificações candidatas ao patrimônio da Humanidade pela Unesco. Inaugurada no dia 19 de março de 1782, a Fortaleza de São José ocupa uma área extensa de quase 30 mil metros quadrados, sendo um dos mais antigos pontos turísticos da capital amapaense.
A fortificação foi tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) em 22 de março de 1950, em um ato de reconhecimento a sua importância histórica e arquitetônica. Em 2007, o local se tornou um museu. Nos dias atuais, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) é o órgão público responsável pelo monumento.
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